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Ministro Dias Toffoli foi citado na delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Ministro Dias Toffoli foi citado na delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral.| Foto: Rosinei Coutinho/STF

O autor do ataque a uma creche de Saudades (SC) que deixou cinco mortos, incluindo três crianças, deixou o hospital e foi transferido ao presídio nesta quarta-feira (12). Ficou internado durante uma semana por causa de diversas lesões feitas por ele mesmo no próprio corpo, principalmente no pescoço e no tórax, com um objeto cortante, em uma suposta tentativa de suicídio. Ele poderia ser chamado de herodes, porque assim como o personagem bíblico, matou crianças.

No mesmo dia, em Anápolis (GO), uma médica notificou a polícia após atender um bebê de seis meses com cerca de 30 lesões pelo corpo, sinais compatíveis com um quadro de espancamento. A criança foi internada na UTI em estado grave. O pai, que levou a criança ao hospital, prestou depoimento e foi liberado.

Isso me fez lembrar o caso de Henry Borel, no Rio de Janeiro, outra criança maltratada até a morte, ao que tudo indica, pelo padrasto e com a conivência da mãe.

São fatos tristes. Porque isso não é covardia, é crueldade extrema e desumanidade. Eu me pergunto que tipo de gente faz isso.

Toffoli na berlinda

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal autorização para investigar o ministro Dias Toffoli. O ex-presidente do STF e do Tribunal Superior Eleitoral, e ex-advogado-geral da União no governo Lula é suspeito de vender sentenças.

O pedido de abertura de inquérito tem como base a delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que acusou o ministro de receber R$ 4 milhões para favorecer duas prefeituras do Rio de Janeiro enquanto integrava o TSE. O recebimento da propina teria ocorrido por intermédio do escritório de advocacia da esposa de Toffoli.

O pedido será analisado pelo relator Edson Fachin e provavelmente pelo plenário do STF. A expectativa é de que a Procuradoria-Geral da República peça arquivamento, talvez como forma de evitar um precedente.

Afinal, não tem como confiar integralmente em um político que está condenado a 340 anos de prisão por crimes como corrupção ativa e passiva e desvio e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. É importante ficar atento para saber como será conduzido esse inquérito.

O ministro Toffoli soltou uma nota na quarta-feira (12), dizendo que não tem conhecimento desses fatos e que não recebeu os valores alegados.

CPI ou inquisição?

As Comissões Parlamentares de Inquérito foram feitas para escutar da boca de depoentes as revelações, mas são os "inquisidores" da CPI da Covid que estão revelando muita coisa. Chamei de inquisidores porque o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), cometeu um ato falho nesta quarta-feira quando disse “aqui nessa inquisi…” antes de se corrigir.

Quem acompanha o catolicismo, se lembra da santa inquisição católica da península Ibérica. Lá só havia uma versão dos fatos e as pessoas eram condenadas previamente.

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) chegou a defender a prisão de Fábio Wajngarten após o depoimento do ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro. O senador alegou que ele foi à comissão e cometeu um “desprestígio da verdade”, se referindo a discrepâncias nas informações do depoente. No entanto, o presidente da CPI não aceitou, justificando que a comissão não se presta ao papel de carcereiro de ninguém.

O senador Flávio Bolsonaro (republicanos-RJ) pediu então a palavra para elogiar a moderação de Aziz e arrematou: “imagina um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros”. O relator reagiu e bateu boca com o filho "01" do presidente da República.

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