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Operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, no Rio, nesta quinta-feira (6), terminou com 25 mortos.
Operação da Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, no Rio, nesta quinta-feira (6), terminou com 25 mortos.| Foto: Reginaldo Pimenta/Estadão Conteúdo

Uma grande operação policial na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de 25 pessoas, incluindo um agente da Polícia Civil, atingido por um tiro na cabeça, nesta quinta-feira (6). O alvo foi o Comando Vermelho, mas é interessante ver como algumas pessoas e entidades logo se manifestaram contra a ação policial. Mas eles estão a favor dos policiais ou dos bandidos?

O ministro do STF Edson Fachin, por exemplo, anunciou que vai colocar em julgamento uma ação do PSB que quer obrigar o governo do Rio de Janeiro a elaborar um plano para diminuir a letalidade policial. Ou seja, que se mate menos bandidos.

O Ministério Público também disse que vai investigar a operação, criticada por entidades de direitos humanos. Aí o delegado, que era chefe do policial morto, afirmou que o sangue desse homem que deu a vida pela lei e pela sociedade está nas mãos dessas pessoas que ficam ao lado dos fora da lei e não do lado da lei.

Eu não sei por que ninguém fica do lado da vítima. É uma coisa incrível. Daqui a pouco vão dizer que esse moço que atacou e matou uma professora, um agente de ensino e três crianças lá na creche em Saudades (SC) é vítima da sociedade. Vão transformá-lo em vítima e culpar a sociedade.

De que lado a Justiça está?

O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, absolveu o ex-presidente Michel Temer e os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco na ação penal do “quadrilhão” do antigo PMDB. Absolveu também os ex-deputados Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Alves e Rodrigo Rocha Loures — aquele flagrado correndo com uma mala de rodinha cheia de dinheiro. A denúncia havia sido feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

É a mesma vara, presidida pelo mesmo juiz, que em dezembro de 2019, absolveu Lula, Dilma Rosseff e os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega e Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara (SP), no processo do “quadrilhão do PT”. E o magistrado usou o mesmo argumento de agora, citando um suposto abuso da acusação.

Aí a gente fica pensando: mas de que lado a Justiça está? Do lado dos bandidos, dos corruptos, dos agressores? E por que não do lado da vítima? Parece que ninguém fica do lado das vítimas, que pagam seus impostos em dia, mas ficam à mercê de grandes quadrilhas, que fazem o que querem, distribuindo drogas para a juventude...

Eu acho muito estranha essa inversão de valores. Se for intencional é para destruir a família, para acabar com a célula básica de um país; e para acabar com a religião, porque aí destrói também os valores de um povo. Talvez seja esse o objetivo, porque tem que ter um objetivo.

CPI abraça a obviedade

A CPI da Covid virou aquele palanque político que a gente já imaginava. Chegam ao ponto de destacar como bombástica uma frase do ex-ministro da Saúde Nelson Teich: “Foi Bolsonaro que indicou o Pazuello”. Ora, certamente não foi Lula, porque o Lula não era o presidente da República. Certamente não foi Joe Biden, porque ele é presidente dos Estados Unidos, não é do Brasil.

Mas se é o presidente do Brasil quem indica seus subordinados, é óbvio que a escolha de Eduardo Pazuello para o Ministério da Saúde foi de Jair Bolsonaro. Qual a surpresa? Ainda ontem conversava com o ex-ministro Jair Soares e ele me dizia que quando aceitou convite para ser ministro, sabia que quem manda é o presidente porque é ele que foi eleito para governar. Soares disse: eu não fui eleito para ser ministro.

É isso! São coisas óbvias, mas parece que a CPI abraça a obviedade. Eles vão lá repetem tudo que a gente já sabe, tudo que já disseram quando saíram do ministério. Mas a gente sabe qual é o objetivo? O objetivo é a eleição do ano que vem.

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