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Prédio que desabou em Fortaleza deixou pelo menos três mortos. Ainda há desaparecidos.
Prédio que desabou em Fortaleza deixou pelo menos três mortos. Ainda há desaparecidos.| Foto: Rodrigo Patrocínio/AFP

Este prédio de sete andares que caiu em Fortaleza parece que foi uma implosão. Ele simplesmente se desintegrou. Há mortos, a gente não sabe ainda quantos. Se pergunta se o prédio foi fiscalizado, se há ou não registro ou como foi a obra.

O prédio tem uns 40 anos. Dizem que a maresia corroeu as estruturas. Eu fico pensando: o Empire State com 102 andares, perto do mar e construído em 1931, com 90 anos, está firme e forte. O que há aqui no Brasil?

Eu lembro que quando houve aquela rachadura no estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, eu fiz um comentário no rádio, de Florença, dizendo: “eu estou vendo aqui pontes seculares que sofreram com terremotos, inundações e bombardeios dos Estados Unidos na Segunda Guerra e estão de pé, e tem 400 a 500 anos. E aqui qualquer coisinha nossa de repente cai.

A morte do imposto único

Morreu o ex-presidente do Bradesco Lázaro Brandão com 93 anos. Lembro que eu fui testemunha de uma reunião, na casa do líder do maior partido, em que estava para ser aprovado o imposto único, em 1991. A proposta era do senador Flávio Rocha.

Brandão disse que os bancos vivem do movimento dos impostos que arrecadam e que se fosse aprovado esse único imposto, que era de 1%, os bancos não teriam mais condições de financiar as campanhas eleitorais. Nesse momento morreu uma ideia que tornaria o Brasil um imenso paraíso fiscal.

Orgulho nacional

O maior avião de passageiros já construído no Brasil, que suporta 136 passageiros, foi apresentado na quarta-feira (16) pela Azul em Brasília, o Embraer E195-E2. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, foi ver o avião. A empresa está confiando tanto no futuro do país que comprou 51 aviões desse modelo.

Ignorância da Justiça

O Ministério Público exigiu, e a Justiça confirmou, pôr barreiras para o petróleo que foi lançado no mar não chegar nas praias. Essa barreira vai se estender desde o Ceará até a Bahia.

Entretanto, não avisaram para a Justiça e para o MPF que esse óleo tem mais densidade que a água, ou seja, ele passa por baixo das barreiras. Foi inútil o esforço e energia, além de que foi dinheiro posto fora, já que o mar levou as barreiras que foram colocadas.

O governo federal não tinha colocado barreira porque sabia disso, mas o MPF e a Justiça não sabiam e mesmo assim lançaram regras e ordens. Aliás, eles mandaram até fechar as saídas dos rios. O rio sai, o mar não entra no rio. Tem a maré alta, mas isso é temporária. Os rios empurram esse óleo para fora. É uma coisa absurda isso que aconteceu.

PSL sem força

É um engano julgar que o PSL é capaz de provocar crise no governo. O partido prometeu obstruir votações e o que aconteceu? Fizeram a votação para transferir a administração das parcerias públicos-privadas para a Casa Civil e o governo ganhou por 314 votos por 57. Isso diz que o PSL não tem a força que pensa ter.

É preciso esclarecer

Hoje, quinta-feira (17), é a votação no Supremo Tribunal Federal, pela segunda vez, pela prisão em segunda instância. A Corte já decidiu que a pessoa pode ser presa em segunda instância em 2016.

O Legislativo não moveu nenhuma palha para mudar, esclarecer ou fazer lei e depois se queixa que o Supremo está fazendo lei. Está escrito no artigo 5º da Constituição: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado”.

O artigo 5º diz que ninguém vai ser considerado culpado e não que ninguém será preso, e mais adiante diz que as pessoas só podem ser presas em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judicial competente.

O juiz pode dizer que o sujeito solto é perigoso para o processo judicial, para as testemunhas, para as provas, para quem ele agride, para a mulher dele, para a sociedade se ele for um assaltante ou um estuprador antigo ou um pedófilo doente.

Eu acho que é preciso esclarecer essas coisas. A gente está muito assustado com a votação do Supremo, mas vamos torcer para que nenhuma decisão da Casa contribua para aumentar ainda mais a impunidade no país.

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