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Trabalhamos cinco meses por ano para pagar imposto. Ter bons serviços públicos é o mínimo
Trabalhamos cinco meses por ano para pagar imposto. Ter bons serviços públicos é o mínimo| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Na segunda-feira (3) reabriram os trabalhos, depois de longas férias, o Legislativo e o Judiciário. Houve uma sessão solene do Congresso Nacional, ou seja, a reunião entre Câmara e Senado. O ministro Onyx Lorenzoni, chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, como é tradição, levou a mensagem do poder Executivo. O presidente do Poder Judiciário, ministro Dias Toffoli, também estava lá presente.

Ele disse que o Brasil é um país que avança porque deixou alguns erros no passado. Disse também que a Justiça julga problemas do passado, o Legislativo examina questões do futuro e o Executivo procura resolver problemas do presente.

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, discursou também dizendo que é improrrogável a reforma tributária. Que seja uma reforma desburocratizante sem precisar aumentar os impostos.

Nós trabalhamos cinco meses por ano para poder pagar imposto e, teoricamente, em troca de bons serviços públicos, coisa que a gente nunca teve.

O governo já tranquilizou os atuais funcionários públicos mostrando que eles não serão afetados pela reforma administrativa, e sim aqueles que entrarem depois da publicação da reforma no Diário Oficial.

Vai haver ainda o exame dos 19 vetos do presidente, a maior parte no pacote anticrime, que o Congresso resolveu alterar para beneficiar os futuros corruptos. Quando Bolsonaro aprovou a medida, ele vetou algumas coisas.

Ausência justificada

Jair Bolsonaro não estava na sessão solene porque foi ao lançamento da pedra inaugural de um colégio militar em São Paulo. Esses colégios estão no topo do ensino, principalmente no Ensino Médio, de onde saem mais prêmios.

Há um grupo de estudantes de colégios militares que hoje está em Harvard, nos Estados Unidos, fazendo uma simulação de Nações Unidas, funcionando como se esses alunos estivessem na ONU.

Economia vai aquecer? O agronegócio dá sinais que sim

Depois dessa visita, o presidente foi a Fiesp e recebeu os números da expectativa do agronegócio no Brasil, que são impressionantes. Em setembro de 2018 a expectativa de infraestrutura no agro por parte do governo era 3,7% e agora saltou para 61,1%. A expectativa de valorização do setor, que em setembro do mesmo ano era de 9,2%, saltou para 69,2%.

Eu queria mencionar, no mês de janeiro teve um déficit na nossa balança comercial porque a gente está importando mais. É o aquecimento da economia. Nesse caso, déficit é uma boa notícia.

Os indicadores que importam

O boletim Focus, do Banco Central, está prevendo uma inflação neste ano de 3,4%. Um crescimento da economia de 2,3%. Uma taxa Selic de 4,25%, talvez essa taxa já saia nesta semana. E o dólar a R$ 4,10 e para o ano que vem a R$ 4,00.

A taxa Selic é importante porque ela pressiona a redução de todos os juros. não só os juros que o governo paga, mas principalmente os que as empresas pagam. Quando os juros são altos o melhor é não se endividar.

Só que isso não serve muito para as empresas que apostam no futuro e precisam de financiamento. Então, um corte nos juros pode significar estímulo ao crescimento do país. O que significa um círculo virtuoso, com aumento de emprego, renda, atividade e a arrecadação pública.

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