• Carregando...
Bolsonaro participou da abertura do ano legislativo demonstrando muita sintonia com os novos chefes do Congresso Nacional.
Bolsonaro participou da abertura do ano legislativo demonstrando muita sintonia com os novos chefes do Congresso Nacional.| Foto: Sérgio Lima/AFP

A mãe de Geddel Vieira Lima foi condenada a 10 anos de reclusão nesta quarta-feira (3), pela 10ª Vara Federal de Brasília, por ter lavado dinheiro para os filhos. Normalmente, as mães lavam a roupa dos filhos. Ela foi condenada por lavagem e associação criminosa. Imagina que família: associação criminosa entre mãe e filhos.

Os dois filhos já foram deputados federais, Geddel e Lúcio. Já estão condenados: o Geddel a 14 anos e o Lúcio a 10 anos de prisão. Geddel foi ministro no governo petista e também foi vice-presidente da Caixa Econômica Federal.

O caso é daquelas malas, caixotes e pacotes num total de R$ 51 milhões em dinheiro vivo dentro de um apartamento vazio, em Salvador. A dona Marluce ajudou a encobrir tudo isso, formou quadrilha com os filhos. Está em primeira instância ainda, portanto ainda pode haver recurso. Ela é idosa e talvez no recurso já peçam — porque ela está condenada a reclusão em regime fechado – regime domiciliar.

Dia glorioso

Foi um dia glorioso para a harmonia entre poderes. Começou de manhã, com os presidentes da Câmara e do Senado fazendo uma declaração conjunta dizendo que o Congresso não pode ser problema, tem que ser solução e que saindo dali iriam conversar com o presidente da República sobre as pautas necessárias para tocar o país.

Fizeram também um compromisso de combater a Covid-19 dando ao governo, ao poder Executivo, tudo o que precisar de legislação para comprar vacina, combater o coronavírus, recuperar o emprego, recuperar a economia, para recuperar as contas públicas, sempre dentro dos limites de teto de gasto da lei e do endividamento. Se comprometeram com todas as reformas que o governo está pedindo, depois foram conversar com o presidente.

À tarde, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, foram prestar contas aos representantes do povo no plenário do Congresso Nacional, com as mensagens em que dizem tudo o que fizeram e quais são as intenções dos dois poderes, Executivo e Judiciário, para 2021.

Alguns deputados perdedores, furiosos com a derrota acachapante que sofreram nas eleições do Legislativo, gritaram palavras ofensivas ao presidente, mas só serviu para mostrarem como estão sentindo a derrota, que foi realmente uma goleada.

E agora essa harmonia, que já tínhamos saudade dela, vai fazer com que as reformas andem, os projetos que estavam lá parados andem — ficaram parados pela ambição de Rodrigo Maia, que queria continuar naquela cadeira.

Ao mesmo tempo em que se escolheu a composição da mesa diretora. O 1º vice-presidente, que é a pessoa que substitui o presidente em boa parte das sessões, conduzindo-as, é o deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Ele presidiu a comissão especial da reforma da Previdência, agora está na comissão da prisão em segunda instância. Ele está em primeiro mandato, mas é muito ativo.

E o 2º vice é o André de Paula (PSD-PE), que já está no sétimo mandato. Ele sempre foi opositor aos governos do PT. Aí entendemos o movimento inicial, o bode que Arthur Lira (PP-AL) botou na sala. O PT perdeu a 1º Secretaria, que é a mais importante, que ficou com o PSL, com o Luciano Bivar (PSL-PE). É uma espécie de prefeitura: é a diretoria administrativa da Câmara.

Depois o PT ganhou assim a 2ª Secretaria, com a Marília Arraes (PT-PE), que é uma espécie de secretaria de turismo, que cuida de viagens ao exterior, passaporte, etc. A Rose Modesto (PSDB-MS) ficou com a 3ª Secretaria, que é a de recursos humanos: licenças, controle de frequência, etc. E a Rosangela Gomes (Republicanos-RJ) ficou com a secretaria que eu chamo de imobiliária: cuida dos apartamentos funcionais e dos auxílios-moradia.

Novo relacionamento

Foi uma grande mudança esse resultado na Câmara e no Senado, nas relações entre o Congresso Nacional e o presidente da República. Bolsonaro deu uma lista de necessidades, muitas das quais são promessas de campanha, que dependem do Congresso. Mais direito de defesa, garantias a quem tem poder de polícia, menos direitos para os criminosos, pedofilia ser crime hediondo, possibilidade de escola em casa, entre outros.

Mais doses de vacina a caminho

E para encerrar: apenas mencionar que estão chegando mais doses da vacina AstraZeneca/Oxford. São 10,67 milhões de doses, naquele consórcio Covax em que o Brasil participa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]