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E se Fabrício tivesse feito o gol de pênalti em Rogério Ceni em 2005?

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André Pugliesi
11/07/2020 12:06 - Atualizado: 29/09/2023 23:14
E se Fabrício tivesse feito o gol de pênalti em Rogério Ceni em 2005?
| Foto: Rodolfo Buhrer/Arquivo/Gazeta do Povo

Muito provavelmente, o São Paulo seria campeão. A defesa não era o forte daquele Athletico e, possivelmente, acabaria sucumbindo ao bombardeio tricolor: 70 mil pessoas urrando no Morumbi, Luizão e Amoroso metralhando a meta de Diego, Danilo e Durval.

Assim, como está, estaria, inapelavelmente, riscado na taça mais cobiçada das Américas: São Paulo FC campeão da Libertadores de 2005. Restaria ao Furacão, como restou, o vice, feito glorioso para uma equipe que, não fosse J.D. Vaca, teria caído na fase inicial.

De certo, que o Rubro-Negro depositava todas as fichas num duelo inicial na Baixada. Foi no então Caldeirão, hoje Geladão, que o batalhão do Delegado Lopes enquadrou Cerro Porteño, Santos e Chivas. Mãos na parede!

E onde, no embalo da trepidante dupla Lima e Aloísio, com um estádio socado de atleticanos, poderia abrir vantagem ante o poderoso, mas freguês em Curitiba, São Paulo. Um triunfo seria, absolutamente, natural: 1 a 0, gol de Aloísio. Ou de Lima.

Mas aí, o duelo derivou do gramado para os bastidores e, nas salas fechadas, em conversas secretas via Blackberrys e Motorolas, a Conmebol levou o primeiro jogo da final de Curitiba para Porto Alegre. Sempre foi assim. É. E sempre será.

E decidir a Libertadores no Beira-Rio para o Athletico, então Atlético, a mais de 600km de casa, foi como dançar com a irmã, frequentar batizados, formaturas, calibrar os pneus: você faz, simplesmente, porque tem de fazê-lo.

Da ansiedade pela final, da tensão por uma possível mudança do local do jogo, da frustração pelo 1 a 1 no Rio Grande e, ainda, da tristeza pelo vice, 15 anos depois, só sobrou a fantasia aos atleticanos. E se o Fabrício tivesse anotado o pênalti no final do 1º tempo?

A partida teria ido igualada para os vestiários: 1 a 1. Lopes, o mais matreiro dos treinadores, armaria a retranca suprema. O Athletico suportaria a pressão e, aos 43, numa arataca derradeira, Lima, o mais lento dos jogadores mais rápidos do mundo, faria 2 a 1.

Riscado na taça mais cobiçada das Américas: Atlético campeão da Libertadores de 2005.

Quem poderá dizer que o roteiro acima é apenas um delírio? Ninguém. O futebol é nada mais do que ilusões. Fabrício não marcou, caprichou tanto que mandou na trave. O São Paulo atropelou por 4 a 0 e foi campeão. Mas, e se?

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