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André Pugliesi
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Krüger e Sicupira, quando o Paranaense encontra um sentido

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André Pugliesi
18/01/2019 18:00 - Atualizado: 29/09/2023 23:38
Arquivo GRPCOM
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Sou um crítico, para recuperar um excelente termo em desuso, empedernido, dos campeonatos estaduais. Com ênfase no Paranaense, dos mais monótonos e avacalhados do país, cortesia da FPF. O que não quer dizer, necessariamente, que eu deseje o sepultamento dos certames locais.

Basta fazer o óbvio: estender as competições ao máximo, com calendário para as equipes menores por boa parte do ano, numa fase de qualificação e, em sentido contrário, espremer a participação dos times grandes, que entrariam apenas para jogos decisivos, em dois meses e olhe lá.

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Uma possibilidade que está cada vez mais próxima. Após décadas sentadas em cima dos regionais, as federações terão que deixar de fazer só política e buscar uma alternativa com a CBF. A Globo já avisou: ou muda ou não tem mais dinheiro.

Há, entretanto, e por incrível que pareça, alguns bons motivos para assistir aos estaduais. No caso do Paranaense deste ano, um deles é a homenagem a Barcímio Sicupira e Dirceu Krüger. O atleticano e o coxa-branca batizam as taças que serão entregues no primeiro e segundo turnos, respectivamente.

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Ok, nada disso interfere na qualidade técnica, no apelo da disputa, mas o envolvimento dos dois na competição confere algum charme. É certo que ambos entregarão os troféus e revê-los pisando no gramado será, sem dúvida, um momento e tanto.

E não precisaria nem dizer o quanto seria legal para os atleticanos ostentar o caneco Barcímio Sicupira na estante. Vale o mesmo para os coxas-brancas e a taça Dirceu Krüger. E que tal seria o Paraná levar para a Vila Capanema as duas honrarias?

Sicupira e Krüger são dois mitos. Craques dos anos 60 e 70, época em que o universo do futebol paranaense não andava de avião. Não fossem as circunstâncias da época, poderiam ter ido além e, quem sabe, frequentado a seleção brasileira.

Pouco importa. O que vale é que fizeram muito com as jaquetas alviverde e rubro-negra. “Quando o pai diz para o filho que aquele velhinho ali é o maior artilheiro do Atlético, o menino não acredita”, gosta de contar Sicupira, com seu bom humor característico e dose extra de humildade.

Há alguns registros no Youtube, e não existem razões para duvidar de quem viu a dupla em campo, tamanho o entusiasmo com que as façanhas são contadas. Dois craques, de futebol moderno até para os dias atuais. Como gostam de falar os técnicos hoje em dia: dois meias que “pisavam na área”.

É sempre tempo de celebrar Krüger e Sicupira. São a história da bola no estado caminhando por aí, de camisa social, calça de linho, meia preta fina e sapato de couro. Dois motivos que ainda fazem o Paranaense valer a pena.

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