Torcedores do Athletico têm razão: não há ‘guerra’ com o Coritiba por shows
O texto intitulado “Em ‘guerra’ com Athletico por shows, Coritiba moderniza Couto Pereira” causou certo frisson entre torcedores do Rubro-Negro. E, embora muitos tenham criticado sem ler, o que já é quase praxe, preciso voltar atrás: de fato, não há “guerra” entre os rivais.
Simplesmente, porque o Furacão está apartado do “campo de batalha”. De fora, o clube observa grandes apresentações em Curitiba, uma a uma, marcadas para o Couto Pereira. Foi assim com o Maroon 5, Roger Waters e, finalmente, o beatle Paul McCarteney, principal concerto na capital em décadas.
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Felizmente, para o Athletico, o UFC está praticamente certo para desembarcar novamente na Arena da Baixada em 2019. E aí, considerando ainda a Liga Mundial de Vôlei, o Furacão consegue emplacar o terceiro evento de porte em mais de quatro anos de reabertura do Joaquim Américo.
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Número baixo para uma estrutura que é, de longe, a melhor da capital. Constatação apenas óbvia, que não é preciso ser engenheiro nem produtor de shows para alcançar. Alertei para a diferença na comparação com o Couto no texto inicial, no anterior, e reforço agora.
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Entretanto, mesmo com os trunfos do teto retrátil e da grama sintética, instalados para que a praça esportiva fosse dotada de todas as condições para tornar-se, efetivamente, multiuso, o Athletico vê o rival, dono de um estádio antigo e descoberto, levando a melhor com alguma frequência.
Dirão que o Coxa cobra cifras irrisórias para receber eventos, o que não é verdade. O Alviverde pede aproximadamente R$ 500 mil para abrir sua casa, valor de mercado. Montante que foi, exatamente, quanto o Athletico auferiu ao longo de todo ano de 2017 com eventos, segundo seu balanço.
A diferença é que, enquanto o Coritiba topa somente alugar o espaço, o Athletico quer ser coprodutor. Quer faturar com ingressos, bebidas, montagem de estrutura e, quem sabe, palpitar no setlist (eu sugeriria ao Paul tirar “Hey Jude” do repertório).
Exigências do clube que, ao menos por enquanto, nenhuma grande produtora aceitou. Afinal, qual empresa está disposta a dividir possíveis lucros com um clube de futebol? Ou qual artista de expressão topa se aliar a um clube sem experiência no show business?
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Evidentemente, o Furacão faz o plano que bem entender e cobra quanto entender justo para abrir sua casa, erguida em parceria com o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba. Assim sendo, resta, então, especializar-se no ramo de concertos musicais para reverter o cenário.
Ou seguirá com a melhor estrutura do estado, talvez a mais bem equipada do Brasil, subaproveitada. E, enquanto isso, o Coritiba vai colhendo dividendos, promovendo melhorias num estádio antigo, mesmo que modestas, e se firmando como palco principal para grandes shows em Curitiba.
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