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10 anos de paixão

Por
Redação
24/06/2009 15:39 - Atualizado: 27/09/2023 16:22

Antes que me xinguem (se é que já não o fizeram, ainda não olhei os comentários), explico que avancei alta madrugada baixando atualizações para o notebook novo (necessidade, não luxo) e faz pouco tempo que voltei ao mundo dos vivos. Assim, escrevo agora o que preferia ter blogado já pela manhã.

O dia é especialíssimo para o Atlético, os atleticanos e o futebol paranaense. Há dez anos a Arena da Baixada era inaugurada, com o jogo entre Atlético e Cerro Porteño. Um verdadeiro marco.

Foi a nova e moderna Baixada que chamou a atenção do núcleo duro do futebol brasileiro e da grande mídia, sempre tão reticentes a o que não orbita em torno de si, para o Atlético. A grandiosidade que o Rubro-Negro atingiu na virada do milênio tem muito a ver com a Arena. O período mais grandiloquente da história rubro-negra, entre 99 e 2005, possivelmente não teria existido sem o estádio.

Todos tinham curiosidade de ver o autoproclamado estádio mais moderno do país. E se assustavam ao encontrar algo realmente bem acima dos padrões nacionais.

Já se perdeu as contas de quantas vezes o Atlético ganhou pela combinação entre estádio e torcida. Tanto quando tinha grandes times como nos momentos em que punha jogadores medianos em campo, vide a arrancada final do Brasileiro passado.

Parabéns aos atleticanos que compraram e realizaram essa ideia. Da diretoria da época, encabeçada pelo Mario Celso Petraglia, aos torcedores comuns, que viam do mirante o sonho tornar-se realidade e mantém, a cada jogo, a mística da Arena.

Particularmente, tive momentos profissionais bacanas na Arena, tanto no rádio como no jornal.

Em 2000, ainda universitário e estagiário da Rádio Clube, fiz um Atlético 1 x 0 Fluminense, pela Copa João Havelange, gol de Gustavo, em que era possível sentir com os pés no gramado a vibração do povo na arquibancada, um miniterremoto impulsionado pela paixão. No fim, colegas de radialismo saíram no braço com o estafe do Flu na sala de imprensa. Patético.

Três anos depois, um trivial Atlético 4 x 1 União Bandeirante também teve sabor especial. Foi minha partida de volta à latinha, pela CBN. Um passagem bacana do ponto de vista profissional, mas muito especial pessoalmente. Afinal, foi trabalhando em dois lugares (já estava na Gazeta) que consegui dinheiro para casar. História que escrevo a cada dia, mas que teve capítulo crucial delineado na Baixada.

Pelo jornal, lembro de toda a comoção da reta final do Brasileiro-2001. Tinha acabado de chegar à editoria de Esportes e por um golpe de sorte caí na cobertura do Atlético na última semana da fase classificatória. Espremidos na tribuna de imprensa que havia lá do alto da reta da Getúlio, eu e diversos colegas vimos os atos finais da conquista de 2001, a transformação de Alex Mineiro de coadjuvante em protagonista de uma das maiores séries de atuações de um jogador no país. Em três jogos na Arena, sete gols.

Acompanhei Atletibas que fizeram história, como o da correntinha do Kléber, o da bicicleta do Ilan, ou a final de 2004. Lembro de ter chegado atrás do gol (estava da tribuna de imprensa) no momento da falta a favor do Atlético no último minuto. O time inteiro do Coxa na barreira, Dagoberto chuta, a bola bate na parede, Flávio isola e, antes que ela caísse no chão, o juiz apita.

Vi até o Paraná ser mandante na Arena. Em 2003, um Paraná x Corinthians pelo Brasileiro. Algum rolo tinha provocado o fechamento do Pinheirão, o Coritiba jogava no mesmo horário no Couto. E a Arena pela primeira – e até aqui única – vez tinha um jogo em que o mandante era um grande curitibano que não o Atlético.

E assim vai. Histórias intermináveis, inesquecíveis e especiais de um estádio claramente diferenciado. Essas são algumas das minhas, queria ler as suas também. Fiquem à vontade.

Leitura obrigatória

Não é por ser produto nosso, mas recomendo o material produzido por Ana Luzia Mikos, repórter da casa, sobre os 10 anos da Arena. Aqui é possível ler tudo, mas digo com sinceridade: vale comprar e guardar.

Pena o Petraglia, de viagem a Europa, não ter topado falar, embora tenha hesitado um pouco. Suas histórias de bastidores do projeto enriqueceriam demais o material, que tinha por objetivo justamente isso, contar o lado diferente, esquecido até da inauguração, não um simples repeteco da história oficial e fresca na memória de todos.

Também recomendo o material do Furacão.com sobre o aniversário, produzido com a paixão, o profissionalismo e a dedicação de sempre da Patrícia, do Serginho e toda a turma lá do site.

Por fim, um vídeo com matérias da firma sobre a inauguração.

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