Não é um embate direto entre os rivais. Mas Coritiba e Atlético se posicionaram em lados opostos no racha que atingiu o Clube dos 13. O Coxa seguiu o movimento puxado por Corinthians, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, que pretendem negociar os direitos de transmissão de suas partidas pela tevê sem a intermediação do C13. Já o Furacão se manteve fiel à entidade.
Natural. Na eleição do ano passado no C13, a diretoria alviverde havia apoiado a chapa de oposição. Já o presidente rubro-negro, Marcos Malucelli, se tornou um dos vices de Fábio Koff, que comanda a associação desde 1996.
O anúncio oficial da saída do Corinthians e a mudança de lado do Flamengo – intimamente ligada ao reconhecimento do título brasileiro de 1987 pela CBF, que é contra a atual diretoria do C13 – são os principais pilares da dissidência.
A força da CBF e da Rede Globo, que havia se negado a participar do leilão pelos direitos de transmissão planejado pelo C13, deixa o novo grupo em posição confortável. E ele deve ganhar mais adesões. Grêmio, Vitória e Goiás, por exemplo, apenas ainda não oficializaram o rompimento com a entidade presidida por Koff.
Os dissidentes parecem ter saído em vantagem na queda de braço. No caso, melhor para o Coritiba. Inclusive surgiu ontem a possibilidade da criação de uma nova liga, que teria o apoio da CBF.
O C13, porém, acredita na manutenção de sua força. E lança mão de argumentos consideráveis, como ser credor de uma milionária dívida dos clubes que pretendem a autonomia. Se a entidade contornar a crise política e se mantiver à frente das negociações dos direitos de transmissão, quem sairá fortalecido é o Atlético.
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