Amigos blogueiros, já começo me desculpando pelo sumiço entre quinta e ontem. Andei em uma vibe ruim nos últimos dias, culpa de um baita susto que levei no finzinho das férias. Agora, com a cabeça devidamente no lugar de novo, tocamos o bonde.
Do clássico não há muito o que falar dois dias depois dele. Ficou apenas a certeza de que o campeonato acabou para o Paraná. A distância para Coritiba e Atlético e o benefício dos rivais de jogar em casa tornam a missão impossível. Como a vaga na Copa do Brasil virá pelo ranking, não resta nada a disputar.
O Tricolor deve, sim, usar os seis jogos como preparação para a Série B. Marcelo Oliveira deve fazer testes em algumas posições, aprimorar o entrosamento em outras, tirar as dúvidas que restam antes do começo da Segundona. Até lá, para valer mesmo, só Copa do Brasil.
O Coritiba livrou-se da armadilha em que se transformou o clássico. Mantém as vantagens e por pelo menos mais duas rodadas entrará em campo já sabendo o que o Atlético fez.
Juninho
Boca e gol fechados: goleiro paranista Juninho se transformou em especialista em penalidades
Critiquei muito Juninho quando ele chegou. Sua passagem pelo Atlético Mineiro foi trágica e as primeiras atuações no Paraná cotavam sua contratação como um grande erro.
Mas Juninho está jogando muito. E não falo isso só pelos pênaltis. Fez defesas importantes e vibrou com o time o jogo inteiro. Como bem observou o colega Rodrigo Fernandes, em um época de alta rotatividade na Vila Capanema, raro ver alguém se entregar tanto ao clube. É preciso valorizar isso.
Pena a aversão de Juninho a dar entrevistas. O pessoal lá da Redação disse que o motivo seria a exposição excessiva do goleiro no início do ano, sempre dando entrevistas, o que teria originado até o comentário jocoso de uma repórter de tevê de que ele seria marketeiro.
Nunca falei com Juninho, portanto não sei se foi isso mesmo. Agora, eu nos tempos de repórter preferia muito mais um jogador que saiba articular bem as ideias do que as mulas de sempre com suas frases feitas recheadas de “acho que” e “sem dúvida”.
Mas, infelizmente, parece haver gente cujo cérebro não consegue captar frases com mais de três palavras.
Ariel
Ariel foi o personagem do jogo, mesmo estando em campo por treze minutos. Foi dele o gol da vitória Coxa
Ariel precisava voltar a decidir um jogo importante. A negociação do contrato desgastou o gringo com a torcida, mas o que foi fatal mesmo na sua relação com a arquibancada foi a falta de gols.
A torcida se diverte com Ariel dando suas caneladas, trombadas e fazendo gol. Como os gols haviam sumido, vê-lo em campo brigando com a bola virou apenas fonte de irritação. Agora, tudo voltou à perfeita ordem.
Uh, Caldeirão
Sim, estou atrasado, mas não dá para deixar passar. Parabéns ao Atlético pelos 86 anos. É o nosso único time na Primeira Divisão e vê-lo bem em 2010 será bom não só para os atleticanos, mas para o nosso futebol.
E para ninguém se sentir desprezado, já aviso que os aniversários de Coritiba e Paraná também serão comemorados com discrição por mim.
E aproveito para responder o Marco Aurélio Senff, que reclama de, palavras dele, termos feito um carnaval no centenário do Coxa e nada do aniversário do Atlético.
Marco, centenário é uma data cheia, repleta de simbolismo. Não sou apenas eu que digo isso, basta ver o tratamento dado Brasil afora pela imprensa aos centenários de diversos clubes.
Como é aniversário quebrado, apenas registramos. Será assim com Coxa e Paraná neste ano.
O Paraná, que em dezembro fez 20 anos, data cheia, teve um destaque maior.
Em 2014, com Copa e 90 anos do Atlético, faremos um belo carnaval rubro-negro. Marco.
