Cai a máscara dos abutres da Copa
Não demorou para cair a máscara dos políticos que cercam, como abutres, os investimentos para a Copa do Mundo no Brasil. Quatro estados já disseram que vão tirar do bolso do contribuinte o dinheiro para erguer seus estádios, apagando discurso batido à exaustão durante meses de que não se colocaria dinheiro público em obra particular.
Nas cidades em que há estádio particular indicado, também já se começa a perder a vergonha de pregar dinheiro público em obra privada. Mário Celso Cunha, vereador pelo PSB, chutou o balde ao dizer que “o impasse é o seguinte: sem estádio pode não haver Copa em Curitiba e, por causa de R$ 100 milhões, ficamos sem os R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade”.
Ou seja, transformou investimentos necessários para a cidade em reféns de campo de futebol. Um absurdo gigantesco, que, deixo claro, não tem nada a ver com ser o estádio do Atlético – fosse o Couto ou a Vila o indicado, a indecência seria a mesma.
Mário Celso e outros mais pregam, a todo custo, que o contribuinte pague para concluir um estádio particular que passará um mês emprestado ao “grande evento da cidade” e o resto da vida a serviço de uma entidade particular.
Se é assim, vou querer que o sobrado que planejo construir para poder aumentar a família seja bancado com dinheiro público. Prometo, entre junho e julho de 2014, ir morar na casa da sogra para que uns quatro comissários menos graduados da Fifa possam se hospedar por lá. Pago luz, água e até adquiro o pacote erótico da tevê a cabo.
O mais engraçado é que na época de indicar a cidade e o estádio ninguém falava nisso. Sempre ia aparecer um investidor milagroso para bancar tudo sem sugar um centavo do erário. Agora, ninguém mais fala em investidor privado, só mesmo em quando começará mais uma farra com o dinheiro público.
*****
Que barbaridade a arbitragem do Roman? Dos três pênaltis reclamados pelo Cruzeiro, dois foram claríssimos. Merece o gancho de 30 dias.
*****
Assim que postar, vou me aplicar 50 chibatadas pelo infame “enfame” que escrevi no post de ontem. Erro imperdoável, não por falta de conhecimento, mas de revisão, o que, no fim das contas, acaba sendo descaso e desrespeito com vocês, que perdem seu tempo lendo minhas bobagens. A todos, desculpas. Vou para a chibata.
