De primeira ou de segunda?
Marcelo marca Diguinho na estreia do Atlético no Brasileiro de 2013
É preciso esperar mais para uma avaliação definitiva. No entanto, suscitou uma primeira impressão péssima o revés do Atlético, um time que passou cinco meses enfurnado no CT do Caju treinando junto, para o catadão de fim de semana do Fluminense. 2 a 1 para os cariocas, no Moacyrzão, em Macaé.
Boa parte da rapaziada sem experiência de Série A foi muito mal. A começar pelo zagueiro Cleberson, principal destaque da temporada 2012 no Furacão. O carrinho que o camisa 4 deu na área, proporcionando o pênalti para os cariocas, é banido pelos professores desde a categoria fraldinha.
Foi igualmente ruim o desempenho de Marcelo – este dono de pequena rodagem na elite. Alguém deve ter sacaneado o Michael Jackson Quando Era Pequeno da Baixada, trocando as suas chuteiras por um par de patins.
Menos mal, a dupla já demonstrou potencial e pode crescer. O que não me parece ser o caso de Pedro Botelho. Primeiro, o lateral-esquerdo pensa que joga muito mais do que efetivamente joga. Ontem, teve atuação absolutamente regular. Errou todos os lances.
Outro que não passa confiança é o técnico Ricardo Drubscky. Gente finíssima, bom papo, estudioso, gostaria de tê-lo como amigo de fé, irmão camarada. Com a prancheta na mão, entretanto, o mineiro comete algumas barbaridades sem qualquer explicação.
O que dizer do posicionamento defensivo adotado ontem, nas imediações do globo central? A televisão não captou, mas, em dado momento, o goleiro Weverton se comunicava por walkie talkie com os companheiros de zaga.
Pelo jeito, Drubscky queria ainda entender o porquê de a manobra ter sido consagrada no mundo do futebol como linha burra. Se eu estou certo, o timoneiro atleticano deve ter deixado Macaé convencido. Afinal, os dois gols do Flu contaram com o sistema de proteção araucariano completamente arreganhado.
Há ainda outro mistério, que a Unicamp e o ITA, reforçados pelos grandes filósofos contemporâneos, falharam em desvendar. Por que João Paulo atua recuado e Deivid avançado? A explicação do técnico e de alguns “entendidos” aponta para a saída de bola mais eficiente do primeiro.
A minha humilde teoria é outra. Drubscky está explorando a melhor deficiência dos dois. Deivid é fraco com a redonda nos pés, logo, recebe a incumbência de estragar os ataques. João Paulo, por sua vez, é lento, ruim na cobertura, logo, deve atrapalhar a defesa.
Seria óbvio demais deixar o malaco da camisa 8 das luzes californianas, excelente chutador de média e longa distância, próximo do arco inimigo. Da mesma forma, ter o carrapato Coquinho fungando na nuca dos oponentes.
De bom, o futebol do atacante Éderson que, coincidência ou não, acabou substituído no início do segundo tempo. O baixinho chuta de onde estiver, sem cerimônia. Assim, inaugurou o placar no triunfo sobre o América-RN, na Copa do Brasil. E ontem, meteu duas bolas de alta periculosidade na trave.
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Peço desculpas aos estimados leitores, mas não consegui acompanhar as largadas de Paraná e Coritiba. Assim sendo, vou na boa. Estrear com vitória, ainda mais sobre ABC-RN e Atlético-MG, dois adversários cascudos, é tudo o que se pode querer no Brasileiro.
