Estreia dá esperança e mostra deficiências no Coritiba
A primeira impressão do Coritiba em 2010 foi animadora no setor ofensivo. Mesmo descontando a fragilidade latente do Serrano, Rafinha e Enrico deram um perfil diferente ao setor, bem mais ágil e veloz que a lentidão autossuficiente dos Paraíbas – que jogavam como se pudessem decidir o jogo a qualquer instante.
Marcos Aurélio e Ariel se beneficiaram dessa mudança. A bola chegou mais nos seus pés, o time finalizou mais.
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Aliás, esse número bom de finalizações deixou claro um desafio de Ney Franco. Rafinha, Ariel e Marcos Aurélio, sabidamente, perdem muitos gols. Enrico merece melhor observação, mas também falhou no arremate. Em jogos mais difíceis, essa pontaria imprecisa vai fazer falta.
Outro deficiência é lá atrás, no miolo de zaga. Deveriam aproveitar a discussão estatutária e incluir, como norma do clube, a proibição a Pereira e Jéci formarem a dupla de zaga. Os dois são muito lentos, não há segurança com eles em campo. Um zagueiro rápido tem de chegar com urgência ao Couto.
Edson Bastos, não Vanderlei. Gostei da mudança no gol. EB tem mais liderança, fala mais, foi fundamental no acesso de 2007. Vanderlei é a cara do Coritiba que caiu. Muito talento às vezes sufocado por uma autossuficiência irritante. Que seja feliz no São Paulo ou para onde for. A grana da negociação será bem-vinda.
Vi o jogo pela tevê, logo não tenho muita referência do comportamento da torcida. Só sei que estava difícil ouvir algum grito de incentivo. É bom a moçada tirar a bundinha do concreto, abrir a boca e soltar o grito. O time vai precisar desse incentivo.
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