Ferreira é um baita craque, mas azarado. Duplamente azarado.
Primeiro, deu o azar de brilhar em um Atlético que não está à altura do seu futebol. No time de 2001 ou no de 2004 seria deus. Neste que se debate no futebolzinho mediano há dois anos, é uma ilha de talento.
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Segundo, porque brilha em um momento que o marketing do Atlético não se esmera muito em aproximar os torcedores dos seus ídolos. Desperdício tremendo.
Ferreira, além de craque, tem muito carisma. É uma figura simpática e volta e meia homenageia o filho que chupa dedo em seus gols. Tem uma identificação natural com os pequenos atleticanos. E poderia fazer vender como água uma camisa com seu número e seu nome nas costas.
Ferreira tem tudo para ser um dos grandes ídolos da história recente do Atlético. Basta o clube criar condições dentro e fora de campo para isso.
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Ferreira não enfrenta o Juventude, sexta-feira, no Jaconi. Estará defendendo a sua Colômbia contra o Brasil, pelas eliminatórias.
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O prejuízo na tabela deve ser mínimo. Mesmo com uma derrota o Atlético segue longe da zona de rebaixamento e nas imediações da Sul-Americana. A grande curiosidade é como Ney Franco vai armar o time sem ele. E, principalmente, como o Atlético vai se virar sem ele. Pois até aqui, não houve vida inteligente no meio-de-campo rubro-negro além do colombiano.
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