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Geninho, operário padrão

Por
Redação
04/04/2011 13:49 - Atualizado: 27/09/2023 16:15
Geninho, operário padrão
Hugo Harada / Gazeta do PovoHugo Harada / Gazeta do Povo
Geninho comemora gol contra o Paraná.

Imagine-se gestor de uma grande empresa. Você então recebe a missão de contratar algum coordenador de área para trazer os resultados esperados em curto espaço de tempo.

Vasculha o mercado e não acha. Então, por prudência, decide ir atrás de um ex-funcionário com resultados invejáveis.

O novo empregado, alguém que goza da simpatia de toda a comunidade da empresa, fica dentro das expectativas – mas não surpreende, é previsível.

Tem-se então um grande desafio para esse empregado cumprir. Vai encarar um dos piores concorrentes, mas um adversário de mercado de longa data. Ele então passa pelo desafio. E com louvor, arruma a equipe da empresa e consegue um triunfo que melhoraria a estima dos funcionários e admiradores da coorporação.

No dia seguinte, apesar disso, você decide mandá-lo embora. Sem justificativa (no primeiro momento)

Certamente o discurso por vir adotaria alguma técnica horrível de RH, através de chavões do tipo: “Não conseguiu mobilizar os subordinados” ou “mostrou pouca empolgação para o novo desafio” ou talvez “não se reciclou à nova demanda”..

A comparação do mercado de trabalho vale para refletir a situação de Geninho. A impressão deixada foi que a diretoria do Atlético torceu pela derrota contra o Paraná, pois assim teria o verbo pronto para explicar a demissão do carismático técnico.

Ele não era o perfil desejado pelo clube desde o início. Por quê? Parece-me apenas a vontade de ter alguém que impressione.

Pela analogia das linhas acima, o melhor seria um “funcionário com bom marketing pessoal”, “jovem”, “com discurso inovador”.

Essa foi a terceira passagem de Geninho pelo Atlético, clube em que foi campeão brasileiro em 2001 e paranaense em 2009. Geninho teve um aproveitamento de 83% em dez partidas, com oito vitórias, um empate e uma derrota.

Fosse uma decisão passional, típica do futebol, os números certamente não explicariam os motivos da demissão. O seu gesto, na hipotética condição de chefe, estaria mais para revelar como a gestão empresarial e seus vícios agem no mundo da bola.

Só o tempo dirá se foi uma decisão certeira.

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