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Gigolô e mercenários

Por
Redação
25/10/2011 14:29 - Atualizado: 27/09/2023 15:53

Coluna publicada hoje na edição impressa do Caderno de Esportes da Gazeta do Povo

O assunto dinheiro – curiosamente o excesso dele – expôs publicamente três figuras do futebol paranaense nos últimos dias. Por motivos diferentes, eles deixaram a compostura de lado por causa do “bendito”. Poderia ser engraçado, mas foi revelador.

Primeiro, com o microfone em punho, durante o jantar de aniversário do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade soltou sem nenhum pingo de diplomacia: “Não fizemos fusão, não pedimos esmola, nem somos gigolô do poder público”.

O mandatário alviverde, não resta dúvida, estava se referindo ao grande rival. Mais especificamente ao projeto atleticano para terminar a Arena.

O dirigente coxa-branca deixou clara a revolta alviverde – algo já perceptível pelas mensagens diárias de coritibanos enviados a esta Gazeta do Povo – sobre a engenharia financeira para concluir a Baixada nos padrões da Fifa.

Todo o processo, como muitos já perceberam, envolve uma robusta ajuda dos contribuintes.

Nem vou entrar em detalhes sobre primeiro trecho da frase (sobre fusão). Ali estava o deslize do torcedor, situação inaceitável para um líder. Lamenta­­velmente, fez-se apologia e alusão às virtudes da “pureza” – algo abominável.

Porém, sobre o processo en­­volvendo o desfecho do Joaquim Américo, Andrade mostrou que o Coritiba não está passivo – e pode agir a qualquer momento para embaçar ainda mais o processo. Alguém duvida?

A segunda interpelação veio de Mario Celso Petraglia. Na mesma linha, sem discrição al­­guma, divulgou uma suposta lista com os salários dos jogadores do Furacão.

Também não vou entrar no mérito do mau gosto neste caso. A história já está batida e não há argumento legal ou moral para defender tamanha falta de discrição.

Da relação anunciada via internet, ficou a minha (ingênua?) esperança que em breve será feito o mesmo sobre as indagações monetárias envolvendo o projeto do Mundial. Quem sabe, em um novo rompante de transparência, MCP explique as implicações orçamentárias do projeto.

Por fim, graças (sempre ele) ao “pão nosso de cada dia”, ressurgiu das cinzas o presidente da Federação Paranaense de Futebol: Hélio Cury.

Assim como Petraglia, este não gosta de falar com esta Gazeta. Não são raras as investidas que terminam com o tu-tu-tu do telefone. No entanto, curiosamente, atendeu a reportagem semana passada. Por quê? Para falar que eliminou os “penetras” na transação envolvendo o Pinheirão e o Coritiba.

“Agora os coadjuvantes [possíveis investidores] estão fora da conversa. As pessoas estão no seu devido lugar”, soltou ao repórter Fernando Rudnick.

Ninguém entendeu muito bem o desabafo – exceto o fato que algum intermediário foi sumariamente descartado. Sem um atravessador, por dedução minha, fatura-se mais. E a ga­­nância, aí vai um alerta, historicamente não é o ponto forte da FPF.

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