Greca e Leprevost evitam polêmica sobre Arena da Baixada
Rafael Greca (PMN)e Ney Leprevost (PSD), candidatos que disputam o segundo turno em Curitiba, não deixam explícito como vão solucionar o imbróglio financeiro/jurídico envolvendo a Arena da Baixada.
Questionados pela Gazeta do Povo, antes da realização do primeiro turno, ambos preferiram não avançar no tema. O atleticano Leprevost apenas justificou que não tratará de assuntos relacionados a futebol para não “tensionar ainda mais o clima eleitoral”.
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Já o coxa-branca Greca também não deixou posição firme. “Tenho que analisar, caso seja eleito, o que poderá ser feito. Se é que poderá ser feita alguma coisa.” E completou: Podemos até avaliar a possibilidade de novo acordo, mas a matéria está judicializada e a decisão, seja ela qual for, terá que ser cumprida.”
Por meio do Twitter, na semana passada, o Coritiba botou fogo neste assunto com três perguntas: Qual sua opinião sobre potencial construtivo para o Couto Pereira? Qual sua opinião sobre zoneamento urbano para a região do Couto Pereira? Qual sua opinião sobre comercialização de bebidas no Couto Pereira? O clube deixa claro que quer isonomia e ajuda municipal.
São várias as questões envolvendo a Arena. Entenda:
1) A prefeitura alega que ainda não foi cumprido a integralidade do convênio, que inclui obras de infraestrutura relacionadas ao torneio e a construção da Arena da Baixada, por parte do governo do estado.
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2) Segundo o contrato, prefeitura, governo do estado e Atlético pagariam cada um R$ 61,5 milhões do total de R$ 184,6 milhões da reforma do estádio. Entretanto, o Atlético exige que a divisão se baseie no orçamento final da obra: R$ 346 milhões.
3) Outro ponto polêmico trata da cessão de espaço do estádio para abrigar a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. O convênio diz que o clube deveria ceder por cinco anos após o fim da Copa um espaço junto à sua sede administrativa correspondente a 50% do total da área da sede. A gestão Fruet requer que o clube disponibilize uma área de 3.762 m², metade do prédio anexo à Arena, que ainda está em construção. O Furacão, por sua vez, diz que o local não será, sua sede. E faz o cálculo em cima da metragem da antiga sede administrativa do clube, na Rua Petit Carneiro, comprometendo-se a viabilizar 593 m² para o município.
4) Para completar, o poder público municipal discute o pagamento das desapropriações no entorno da Arena. Em 16 remoções, a prefeitura gastou R$ 14,2 milhões. A diretoria do Rubro-Negro sustenta que essa conta também deve seguir o convênio tripartite que viabilizou a obra do Mundial. E que já pagou o que deve.
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