Quando parecia que o caso Dagoberto chegaria ao fim, com o pagamento da multa reduzida por parte do São Paulo, um novo lance do Atlético. O Rubro-Negro vai denunciar o Tricolor paulista por aliciar o jogador.
A suspeita não é recente. Em entrevista à rádio Banda B em fevereiro, Mário Celso Petraglia disse que os indícios levavam a crer no aliciamento, mas não havia como comprová-lo.
Agora, parece que o clube conseguiu juntar provas. Pelo menos é isso que dá para concluir da declaração de Marcos Malucelli à Gazeta de hoje, de que o Atlético está juntando toda a documentação antes de formalizar a denúncia.
Realmente alguns episódios dessa interminável negociação são no mínimo estranhos. Dagoberto recusou uma proposta milionária do Hamburgo (6 milhões de euros). E, segundo Petraglia, não foi a única.
Já temos um precedente de punição por aliciamento no futebol brasileiro. O Cruzeiro foi proibido pela Fifa de fazer transferências internacionais porque teria induzido o zagueiro Moisés a trocar o Kirya Sovetov, da Rússia, pela Toca da Raposa. Apesar de negar qualquer aliciamento, o São Paulo já acusou o golpe e admite desistir do jogador.
Como a preferência do atleta é irreversivelmente pelo São Paulo, ou estamos diante de um caso raro de apego a um clube de futebol ou há alguma outra motivação para ele querer jogar no Morumbi.
De qualquer forma, Dago continua sendo o maior prejudicado em toda a história. Seus empresários têm outras fontes de renda, o São Paulo pode contratar jogadores diferentes e o Atlético não deve custar a recuperar o prejuízo financeiro e até mesmo moral com toda a contenda. Já Dagoberto não joga, tem cada vez menos clubes interessados no seu futebol e, em breve, poderá cair no esquecimento, virar apenas um jogador que poderia ter sido craque se tivesse feito escolhas diferentes.
