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Onde a bola não rola mais

Por
Redação
30/12/2010 23:12 - Atualizado: 27/09/2023 16:17
Onde a bola não rola mais

Atualmente, Curitiba tem seis estádios de futebol profissionais, quatro deles ativos: Arena da Baixada, Couto Pereira, Vila Capanema e Eco-Estádio. O Pinheirão está interditado e a Vila Olímpica inativa, precisando de reforma caso volte a ser utilizada. Outros estádios passaram pela história de Curitiba e a bola não rola mais neles. O objetivo deste post e relembrar um pouco de cada um deles e o que eles viraram.

O primeiro estádio de Curitiba não era exclusivo para o futebol. Era o Jóquei Clube, não a sede atual no Tarumã. Ele ficava no Prado Velho (era conhecido como Prado e deu nome ao bairro). A maioria das equipes jogavam lá no começo do futebol local e as primeiras partidas oficiais da cidade foram lá. Os jogos eram no gramado no miolo da pista. Hoje, funciona no local o campus central da PUC. Ainda resta a arquibancada do Jóquei. Sim, é ela ali na Concha Acústica.

Divulgação / Arquivo PUCDivulgação / Arquivo PUC
O Jóquei Clube era conhecido como Prado Curitibano e lá foram realizados os primeiros jogos oficiais em Curitiba

Depois da saída da bola do Prado Velho, o Coritiba foi jogar no Parque Graciosa, no Juvevê, região onde o clube nasceu e fincou raízes. O gramado duro rendeu o apelido de Cimento Armado ao local, que foi desativado para a construção de um parque residencial. Com isso, o Coxa partiu ainda na década de 1930 para o atual Couto Pereira, aí sim a casa própria.

O Britânia surgiu na região do Rebouças, mas seu primeiro estádio foi no Portão, no começo da Carlos Dietzsch, e era chamado de Fazendinha (bairro próximo). O local virou uma fábrica de Aniagem e o Tigre partiu para o atual bairro do Jardim Botânico (embora todos se referissem ao local como Guabirotuba, bairro próximo). Na esquina da atual Avenida das Torres com a atual Linha Verde tínhamos o estádio Paula Soares, homenagem a um importante dirigente do primeiro hexacampeão estadual. Com as fusões com Ferroviário e Palestra (Colorado) e depois com Pinheiros (Paraná Clube), o estádio seguiu de pé e tinha em seu campo auxiliar um espaço para a prática do beisebol. Nos anos 90 foi demolido e o terreno arrendado para um hipermercado. Depois foi vendido.

O Palestra Itália, outro clube que deu origem ao Paraná Clube, também teve estádio próprio. O último deles foi o Palestra Itália no Tarumã. A casa do Nem-Que-Morra acabou virando uma das sedes sociais do Paraná Clube. Anterior a este, existiu outro estádio Palestra Itália, só que no Batel. Era um terreno alugado e o clube não quis ficar com ele. Então, o Junak, clube da colônia polonesa,se interessou e ali passou a ser a casa do Juventus (que abrasileirou o nome pouco antes II Guerra para não sofrer interferências do governo polonês). O campo ganhou o nome de Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos que conduziu o país durante o final do conflito e de quebra ajudou a Polônia a voltar a ter soberania política (havia sido ocupada). Quando o Fantasma do Batel abandonou o futebol profissional, o campo virou a sede social do União Juventus. Um incêndio em maio de 2006 destruiu parte do local e o clube decidiu fazer uma troca com uma construtora, pegando um terreno no Mossunguê. No local está sendo construído um shopping center e um hipermercado.

O Água Verde, que também deu origem ao Paraná teve um estádio na Vila Guaíra: era o Orestes Thá. Em 1971, o clube mudou de nome para Pinheiros e em 1984 o futebol foi para a Vila Olímpica do Boqueirão num projeto de modernização do clube. O Orestes Thá virou a sede administrativa e social do Pinheiros, tendo também um ginásio. Tudo agora é do Paraná Clube e lá o Tricolor manda seus jogos no futsal.

Giuliano Gomes / Agência de Notícias Gazeta do PovoGiuliano Gomes / Agência de Notícias Gazeta do Povo
O Orestes Thá não existe mais como estádio de futebol, mas em seu lugar há o ginásio, a sede administrativa, os salões e parte do aparato social do Paraná Clube

O Primavera tinha seu estádio no Taboão, extremo norte de Curitiba. Era o João Loprete Frega. Quando o time, que tinha como cores o branco, o verde e o preto, subiu para a elite estadual, o campo precisaria de túnel entre os vestiários e o gramado. Era inviável fazer um túnel tradicional, pois havia um banhado sob o local. Optou-se então por fazer uma espécie de passarela para a passagem dos jogadores. Estava criada a Ponte Aérea do Taboão. O Primavera largou o futebol quando passou a ser deficitário demais para o clube. A sede do Taboão foi vendida e lá surgiram residências. O Primavera se mudou para Almirante Tamandaré, onde tem sua sede social até hoje.

Por fim, temos o estádio Moysés Lupion, citado no post logo abaixo. Ele ficava na Avenida Senador Souza Naves, no Cristo Rei. Após o fim das atividades do Bloco Morgenau, quando se fundiu à Sociedade Operária Recreativa Beneficente Vila Morgenau, resultando na atual Sociedade Morgenau, o acanhado estádio virou a sede esportiva do clube, sendo que parte foi devolvida ao município (era doada e havia esta cláusula no contrato) e virou a praça Carlos Filizola.

Fica aqui um desafio: algum leitor tem alguma história com estes locais, antes ou depois da bola parar de rolar? As melhores serão postadas neste espaço.

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