A reação paranista a oferta do Atlético para usar a Vila Capanema foi surpreendente e faz a gestão do clube ganhar pontos com a torcida tricolor. Se antes os dirigentes não perdiam a oportunidade para colocar o estádio à disposição do Rubro-Negro, agora se sentem donos da situação.
Para começo de conversa, diz a turma tricolor, o adversário precisa desembolsar por jogo “n” vezes mais do que a produção do Pearl Jam bancou em novembro do ano passado para usar a praça esportiva.
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E tem mais: a quantia só vale para o Paranaense. Para duelos da Copa do Brasil seria outra negociação. Ainda pela contraproposta do Paraná, o Furacão pode usar o campo para um treino na véspera das partidas.
É pegar ou largar. Uma postura que pode render R$ 1,5 milhão (11 jogos) ao combalido cofre do clube.
Os tricolores alegam que pagaram R$ 50 mil para usar a Arena, em 2003, em um jogo com o Corinthians, pelo Brasileiro. Diante disso, com valores corrigidos, dizem estar estipulando um valor justo de mercado.
A figura de Mario Celso Petraglia, pelo burburinho na Vila Guaíra, é o estopim para essa posição mais ostensiva. O atleticano ofereceu 10% da renda das partidas para pagar o uso Vila. Depois disse que o Paraná poderia usar jogadores sem perspectivas no CT do Caju. A proposta foi considerada “uma esmola” na cúpula paranista.
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Além disso, MCP deixou uma impressão não muito agradável. Com um discurso tido “pretensioso”.
Com rispidez na negociação, os dirigentes do Paraná atenuam a imagem ruim deixada durante o período em que o Atlético nem cogitava usar a Vila — apesar de enfraquecer a suposta harmonia entre os clubes. À época, para quem não tem memória curta, foi um festival de declarações se oferecendo para “ajudar o coirmão”. Futebol tem isso.
Agora é esperar.
PS: Diante da revolta de alguns leitores do blog, muitos sem educação e alguns poucos incorrendo em ações covardes previstas no Código Penal, uma explicação.
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1) No comentário anterior não houve nenhuma exaltação a Mario Celso Petraglia. Isso ficou claro, logo no primeiro parágrafo, ao tratar sua estratégia como “uma ação digna das manobras mais edificantes da cartolagem”.
2) Não era a intenção gerar mal entendidos sobre a instituição Paraná Clube. Muito menos sobre Vila Capanema. Ao tratar a ação dos dirigentes do clube como de “damas da noite”, fez-se uma referência a posição de pouca firmeza, à disposição, para ceder o estádio. Só isso.
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