Torcedora do Atlético mostra coragem ao desafiar Petraglia
A torcedora do Atlético Nay Bortolotti mostrou coragem. Além de se manifestar publicamente sobre sua posição política no clube, algo que deveria ser normal em uma ambiente democrático e de direito, ela não se intimidou com ameaças da diretoria e represálias de atleticanos.
Depois de viralizar sua foto ao lado do atacante Walter, ambos segurando uma faixa de Fora Petraglia, a rubro-negra foi acusada de armar uma fraude, envolvendo o atacante. O jogador disse que não percebeu que estava sendo “usado” e o clube a ameaçou de desfiliação do quadro de sócio.
Nay rebateu com estilo, dizendo que ‘talvez uma criança não conseguisse ler Petraglia’ na faixa. E chamou por tabela o centroavante de mentiroso, além de enfrentar a cúpula do clube sem baixar a guarda (veja o vídeo abaixo). O Atlético disse que ela faz parte da oposição e seria denunciada ao Conselho de Ética. Mas afinal, o que ela fez? Não pode ser contra os dirigentes do clube? Isso é ser contra o Atlético?
Não cabe dizer quem diz a verdade. Mas fica uma lição do episódio. Os clubes de futebol não estão acostumados com ambientes democráticos. É o patrimonialismo puro. São donos das instituições. Isso é geral, também longe da Baixada.
O Fora Petraglia, movimento que parece ter alguma força, não vai dar em nada, pois o conselho foi eleito junto com a chapa vencedora e só o órgão tem autonomia para excluir cartolas. Todos no conselhão apoiam o dirigente.
Diante disso, a torcedora é alvo, inclusive, da tirania de quem não percebe a força da divergência no ambiente esportivo. Nesta terça-feira (18), por exemplo, rebateu atleticanos que a acusam de se promover com o episódio. Um ataque patético, pois ela só tem a perder com essa exposição política.
“Se você não tem coragem de arregaçar as mangas e dar tua cara a tapa pelos direitos dos sócios e torcedores do Atlético, vc tbm não tem direito de falar de mim! Atleticano ou você é ou nunca foi!”, postou.
Deixou assim a zona de conforto.
