Véspera de Atletiba (e um colírio para os olhos)
Se eu não estivesse morrendo de sono (saí da firma à meia-noite e às 8h30 já estava aqui de novo), estaria ansioso pelo Atletiba deste domingo. Tenho o maior tesão de trabalhar na cobertura do clássico. Sempre dou um jeitinho na escala de me encaixar nos domingos de Atletiba.
Quando é decisão, então, sai de baixo. São 10, 15 dias pensando no que fazer de matéria, em que apostar. Na minha cabeça, desenho capas e títulos imaginários. Vitória do Coxa. Vitória do Atlético. Empate cheio de gols. Goleada (há dez anos não temos uma no clássico). Jogo decidido por erro do juiz. Às vezes o jogo prega uma peça e me joga na cara uma situação inesperada, como o modorrento 0 a 0 deste ano ou a transformação de Henrique Dias em herói.
Atletiba é o maior barato. O nosso clássico. O nosso grande jogo. O campeonato especial. A partida que faz muita gente se apaixonar por futebol nesse estado. Curta esse Atletiba. Seja como for, ele vai ser inesquecível.
Põe o Wallyson, Geninho!
Geninho está em dúvida. Não sabe se aposta em Júlio César ou Wallyson. JC tem, na média, uma passagem mediana pela Baixada. Mas deu no couro quando necessário, vide o jogo com o Flamengo no ano passado ou o clássico da última semana contra o Paraná. Geninho já disse que isso pesa. Mas Wallyson está voando. É a hora dele. Isso não pode ser desprezado.
Só marketing
Escrevi aqui na quinta-feira sobre Davids no Coxa e, vejam só, o Atlético tratou da contratação de Cristian Vieri. A história pregressa dos dois é irretocável. Há uns três anos seriam reforços espetaculares. Mas não dá para pagar aos jogadores por o que eles já foram sendo que eles vão entregar o pouco que são hoje em dia.
Toca Raul
Imagino a cabeça do menino Raul. Surgiu na base do Coritiba e de lá foi para o Atlético, há quatro anos. Certamente passará pela sua cabeça um filme da sua trajetória no Alto da Glória, a saída e a grande história que vem construindo na Baixada. Pela personalidade já demonstrada, tem tudo para decidir o clássico.
Põe o Marlos
Pela primeira vez neste ano senti Marlos com vontade de vestir a camisa alviverde. Com o talento que tem, pode se tornar uma arma poderosa contra a (trucu)lenta defesa atleticana.
Lugar de técnico é no banco
Discordo da decisão de René Simões treinar o time, mas ficar no camarote. Se vai treinar, que fique no banco. Não tem nada a perder. Se o Atlético ganha o clássico, será consequência do que Ivo Wortmann deixou. Se vencer ou empatar, sai carregado nos braços do povo.
O colírio
Atletiba é um jogo tenso, eu sei disso, então coloco uma foto que tem lá sua relação com esporte. Richard Branson, dono do grupo Virgin e patrocinador da Brawn GP, topou posar para um foto andando de jet ski, levando na garupa sua namorada, a modelo Denni Parkinson, completamente nua. “Pena não ter olhos na nuca”, lamentou o fanfarrão Branson.
