“Meu nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza ganhou o Grande Prêmio do Júri Internacional da Generation 14 Plus nesta 70ª edição do Festival de Berlim, consagrada e importante mostra da Berlinale, voltada para jovens e cujo júri é formado por sete integrantes com idades entre 14 e 18 anos.
Aplaudidíssimo também pelo público nas sessões durante o festival, “Meu nome é Bagdá” é o segundo longa-metragem de Caru – e produção de Rafaella Costa (Manjericão Filmes).
O filme, inspirado no livro “Bagdá, o Skatista”, de Toni Brandão, conta a história de uma jovem de 17 anos chamada Bagdá (Grace Orsato). Na trama, ela passa boa parte com os amigos skatistas. Um dia Bagdá conhece Vanessa, outra skatista que se sente inspirada pela nova amiga. Com o tempo, as duas encontram outras meninas skatistas e estreitam laços de amizade.
O filme recebeu a premiação por unanimidade dos membros do júri em Berlim, com uma elogiosa, tocante e emocionante justificativa:
“Prêmio do Júri para melhor longa metragem da mostra Geração.
O filme recebeu a premiação por unanimidade dos membros do júri.
“Uma impressionante peça de liberdade, cheia de maravilhosas amizades, música, movimento e solidariedade. Era impossível não ficar impressionado com a protagonista, com as pessoas ao seu redor e eera também impossível esquecer o clímax glorioso e poderoso deste filme. Isso é prova de que a vida pode não fazer milagres por nós, mas podemos superar todos os obstáculos se seguirmos nossa paixão”.
Vibrando com o prêmio – e certamente transmitindo toda a emoção da equipe da Manjericão – Caru declarou à Gazeta do Povo.
“Foi muito incrível ter ganhado. A experiência no festival já estava sendo muito especial, com sessões lotadas e uma recepção muito calorosa ao filme. Ter ganhado o Gran Prix do Júri Internacional, que fez uma declaração muito bonita sobre o filme, nos deu uma alegria imensa. Este ano tinham muitos filmes nacionais selecionados em Berlim, que já foi um tapa na cara do atual governo, que não quer continuar investindo em cinema. Voltar para casa com um prêmio para um filme brasileiro é uma alegria e outro tapa na cara deste governo. Existimos, resistimos e vamos seguir fazendo cinema, de qualidade e cada vez mais diverso. Sou otimista”, ressaltou a jovem e talentosa Caru”.
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