Um bebê prematuro nascido com 22 semanas é capaz de sobreviver fora do útero? É cada vez maior o número de médicos que acha que sim e eles estão muito bem embasados. Os casos de nascimentos bem sucedidos nessas condições tem se tornado frequentes, além disso o avanço da medicina tem contornado as dificuldades enfrentadas décadas atrás.
O suplemento do The New York Times na Gazeta do Povo desta terça-feira apresenta essa discussão médica e ética que pode, inclusive, abalar o já frágil sustentáculo jurídico do aborto legal nos Estados Unidos.
Leiam um trecho:
“Nos EUA, a Suprema Corte declarou que os Estados devem permitir o aborto quando o feto não é viável fora do útero. A mudança dos critérios sobre a idade mínima para a viabilidade do feto pode suscitar dúvidas quanto à legalidade de abortos.
Grupos médicos já vêm discutindo se é razoável oferecer tratamento médico a bebês nascidos com 23 semanas de gestação. Alguns hospitais já o fazem.
Mas os bebês nascidos com entre 22 e 23 semanas são um ponto de interrogação; suas chances de sobrevivência são pequenas, variando de acordo com fatores como o peso ao nascer e se a mãe recebeu ou não tratamento com corticosteroides antes do parto, o que pode ajudar os pulmões e o cérebro.
Feito com 5.000 bebês nascidos com entre 22 e 27 semanas de gestação, o estudo concluiu que os de 22 semanas não sobreviveram sem intervenção.
Dos 78 casos em que foi dado tratamento ativo, em 18 deles os bebês sobreviveram. Com um ano de idade, sete desses 18 não apresentavam deficiências moderadas ou graves. Seis deles apresentavam problemas graves, como cegueira ou surdez.
Dos 755 bebês nascidos com 23 semanas, 542 receberam tratamento. Mais ou menos um terço desses 542 sobreviveram, e cerca de metade destes não teve problemas importantes.
À medida que se aperfeiçoam as técnicas para manter bebês vivos, os pais enfrentam escolhas dilacerantes que às vezes são baseadas no fato de a idade estimada ser 22 semanas e um dia ou 22 semanas e seis dias.”
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