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O dilema de enfermeiras pró-vida onde o aborto é legal
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A agência espanhola Aceprensa publicou hoje, em seu site, um interessante caso de justiça que ilustra o dilema pelo qual passam os profissionais de saúde contrários ao aborto em países que têm a prática legalizada.

O artigo fala de doze enfermeiras que eram coagidas a participar de procedimentos abortivos em pacientes da unidade de cirurgia ambulatória da Universidade de Medicina e Odontologia de New Jersey (EUA). Mesmo alegando objeção de consciência, as profissionais eram ameaçadas de perder o emprego caso não colaborassem nas cirurgias.

Revoltadas, procuraram advogados que as defendessem e durante semanas conviveram num ambiente de trabalho bastante tenso. De um lado, a defesa das enfermeiras alegava que forçar a equipe a trabalhar em abortos transgredia leis estatais e federais que protegem a objeção de consciência, direito que garante a qualquer profissional que se sinta moralmente impedido de agir, de determinada forma, em situações que contrariem suas convicções.

Os administradores da instituição, por sua vez, sustentavam que todos os abortos na área de cirurgia ambulatória eram emergenciais – mesmo que fossem agendados com antecedência – e que por isso deviam ser atendidos pelas enfermeiras.

O caso parece ter ganho algum destaque midiático, e recentemente o processo foi suspenso graças a com um acordo aceito por ambas as partes. Os advogados das enfermeiras retiraram a ação, e o hospital comprometeu-se a não obrigá-las a participar de abortos, nem fazer represálias.

A versão original em inglês do artigo pode ser conferida aqui.

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