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Pessoas caminham em frente à sede da Pfizer em Nova York, EUA, 9 de novembro
Pessoas caminham em frente à sede da Pfizer em Nova York, EUA, 9 de novembro| Foto:

É difícil encontrar informações na imprensa tradicional sobre Maddie de Garay. Trata-se de uma menina americana de doze anos que participou de testes iniciais da Pfizer e hoje vive em cadeiras de roda, inválida. No vídeo que mais circulou, a mãe de Maddie, Stephanie de Garay, diz : “Todos os nossos três filhos se voluntariaram e ficaram entusiasmados por participar de um teste como um jeito de ajudar no nosso retorno à vida comum.” Stephanie e o marido ficaram felizes, e ela faz questão de dizer que ambos são pró ciência e pró vacinas. Maddie dá um sorrisinho e põe os dedos no canto da boca, tentando espichá-la para um sorriso maior.

Num vídeo que parece ser posterior, divulgado por um senador da Austrália, a mãe de Maddie conta que nunca pensara em submeter os filhos a um teste antes da pandemia de covid. Todos os três filhos do casal foram cobaias da Pfizer: o trio ficou entusiasmado com a ideia de participar dos avanços científicos e ajudar a sociedade e os pais acharam isso bonito. Deixaram todos se inscreverem, hoje têm uma filha inválida e só deus sabe quais efeitos de longo prazo os outros dois podem sofrer.

As notícias correm em meios mais ou menos apócrifos. Stéphanie de Garay é mencionada num artigo da tradicional CBS. Após descrever o estado físico de Maddie, o artigo diz que “a mãe da menina […] não deu nenhuma evidência de que garota diagnosticada como vítima da vacina da covid-19.” O artigo alerta ainda que a indústria antivacina é muito lucrativa, de modo que há interesses escusos por detrás de tanta divulgação de efeitos adversos.

Na verdade, o artigo mente usando uma verdade. Se o que a Aliança Canadense para a Prevenção da Covid diz for verdade, o que torna a história de Maddie tão grave é a sua reação adversa constar como leve no estudo da Pfizer. Vocês podem ver o dossiê sobre esse estudo no site da Aliança, se souberem ouvir inglês. Se não souberem, há uma versão legendada em português.

Mas por que os pais deixaram?

Na questão da vacinação infantil, há quem ao mesmo tempo creia que as vacinas são danosas e defenda os direitos dos pais de escolherem submeter os filhos a isso. Essa é uma posição insustentável. Ou bem você acredita que a Anvisa não poderia ter liberado para crianças uma substância danosa, ou bem você acredita que os pais devem ter liberdade para tomar decisões possivelmente boas para os seus filhos. A conjunção das duas crenças implica que você crê que pais devem ter liberdade para acabar com a saúde das crianças a troco de nada. Não devem, não devem e não devem.

Vamos deslocar a questão um pouquinho. Pais devem ter a liberdade para castrar quimicamente os seus filhos? Bom, é isso o que fazem os pais que dão “uma pausa” na puberdade com bloqueadores hormonais a fim de que os seus filhos (ou o especialista em gênero) decidam se querem ser homens, mulheres ou não-binários.

Por que um pai faz isso com os filhos? A julgar pela investigação de Abigail Shrier (veja-se o seu Irreversible Damage), a razão mais comum é eles acreditarem, induzidos pelos terapeutas, que seus filhos vão se matar caso não mudem de sexo. Os especialistas convencem os pais com números viciados: uma vez que um monte de adolescente com problemas mentais mude de sexo com facilidade, uma proporção grande comete suicídio. Essa grande proporção se torna uma prova da “transfobia estrutural”, que prova que os trans têm uma especial propensão a se suicidar, de modo que os pais devem fazer tudo o que o especialista manda para que o seu filho não se suicide.

Trocando em miúdos, há pais que, ao verem um porta-voz da Ciência dizendo que nem todo homem é homem, e nem toda mulher é mulher, e que na verdade nem todo mundo é homem ou mulher, acreditam. Trocando em miúdos e sendo rude, eu diria que tem pai que é idiota. Crianças inocentes pagam com a fertilidade, a libido, a saúde e a vida pela idiotice e a credulidade dos pais. Isso é razoável? É correto?

Agora voltemos à vaca fria. Como a moda trans é dos anos 10, é evidente que não há experiência de longo prazo que permita saber como fica o corpo humano sob tanta intervenção médica. Mas como tem uma autoridade científica chancelando as coisas, os crédulos, desprovidos de um pingo de senso crítico, vão tachar de anticiência quem apontar o evidente caráter experimental do tratamento.

Se for para permitir tal tipo de coisa, então liberemos logo a venda de crianças para laboratórios, dentro da chave do pátrio poder. Já não pode vender material fetal para a Planned Parenthood? Vamos logo expandir o mercado, aumentar o PIB, gerar emprego e jogar o IDH lá pra cima. Basta vender umas criancinhas à Ciência. Ganha o laboratório com a cobaia, o pai com dinheiro, depois o laboratório vendendo remédio para os efeitos colaterais e a funerária vendendo caixão.

Se disserem que basta tirar a motivação pecuniária do meio (como se isso fosse controlável na prática), pergunto: pais idiotas podem usar de seu pátrio poder para dar LSD para os filhos, caso julguem que isso é bom para eles?

Um detalhe a mais

Outra motivação para os pais – particularmente as mães – serem maus com seus filhos é a nova configuração familiar fomentada pela misandria estatal. Refiro-me às leis anti-homem que consideram a mulher um ser totalmente passivo a ser bancado pelo homem. Homem e mulher têm um relacionamento não muito bom. Aparece um filho, às vezes feito com o propósito de amarrar o homem. O homem não se deixa amarrar. E eis que a mulher tem todo o amparo legal e social para ser uma Medeia, vigando-se do homem por meio dos filhos. Se for uma sociopata, vai usar a criança para caçar like no Instagram aderindo a todo tipo de modismo – seja ele trans ou vacinal. Quanto Às recompensas sociais das Medeias, veja-se Debi Jackson, mãe de “Avery” Jackson. A mulher vira uma heroína por defender sua “filha” trans de 9 anos, que virou capa da National Geographic. Agora imaginem estar no lugar do pai dessa criança. No Canadá, o pai divorciado Rob Hooghland foi preso por violência doméstica por não aceitar a castração química de sua filha adolescente, defendida pela mãe.

Com a família tão desestruturada, com o aplauso público a misândricas loucas, é uma irresponsabilidade julgar que mães no mais das vezes queiram o bem dos seus filhos. De minha parte, vou sempre levar em conta a possibilidade de alguém ter parido para incrementar o Instagram.

Qualquer coisa que deixe um dos pais pôr a saúde das crianças em risco é uma arma na mão de sociopata. E o que tem de mulher narcisista que gosta de se enxergar como vítima dos homens não está no gibi.

Nuremberg pra quê?

Mas voltemos aos pais idiotas e à mãe de Maddie. Segundo o código de Nuremberg, é minimamente razoável sujeitar crianças a um experimento em nome do bem comum? Qual seria o risco de Maddie ter complicações por covid? Experimentos com menores devem ser feitos tendo em vista o bem-estar da criança. Os pais de Lorenzo Odone não resolveram sair testando remédios no filho em nome do bem comum, da coletividade, nem nada: descobriram o Oleo de Lorenzo tentando resolver o problema de Lorenzo.

Crianças não devem ser usadas como bode expiatório da humanidade, nem como rato de laboratório da humanidade. Maddie está numa cadeira de rodas porque sua mãe falhou como mãe, porque o Estado falhou como Estado e porque a sociedade falhou como sociedade.

Esse experimento só foi feito porque se adotou acriticamente, desde o começo, o mantra da vacinação universal. E isso é de interesse da Pfizer, não meu ou seu.

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