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Camila Farani

Liderança na crise

3 passos para CEOs aprenderem a manter seus líderes engajados

19/06/2020 18:10
Os líderes sempre tiveram um papel crucial para o crescimento de qualquer negócio - independente de seu tamanho, pois no dia a dia estão na linha de frente e ao lado da equipe para manter tudo funcionando.
Atualmente, diante de todas essas mudanças que acontecem em uma velocidade fora do comum, muitas pessoas em posições de liderança acabam se vendo perdidas frente a todas as incertezas, medos e regras.
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Por essa razão, estou trazendo um passo a passo para que você, CEO,
entenda como pode ajudar os seus líderes a passar por esse processo.

Passo 1 - Lidando com o emocional

A reação emocional com que muitos líderes, gerentes, supervisores, e coordenadores têm de lidar ultimamente é, sem dúvida, o medo. Isso é totalmente compreensível, já que muitas coisas que eram feitas até então - quando havia uma queda nas vendas, por exemplo - hoje pode não surtir o mesmo efeito.
Com isso, não é raro que líderes que até então eram vistos como pessoas abertas e flexíveis se tornem cada vez mais rígidas e de mente fechada, já que a sua zona de conforto foi completamente eliminada. Assim, o resultado dessa mudança no comportamento de um líder com certeza será sentida tanto pelos membros da sua equipe direta quanto por outras áreas da empresa, e até por parceiros externos.
Dessa forma, o CEO precisa fazer um
trabalho muito mais voltado para o emocional das suas lideranças, e uma das
maneiras de se fazer isso é criando ambientes
favoráveis ao diálogo
, onde cada um dos seus líderes possa falar
abertamente sobre suas dúvidas e seus medos.

Passo 2 - Trabalhando a negação

Uma das primeiras reações que as pessoas têm em momentos de crise é de tentar minimizar os problemas, se ancorando em raciocínios do tipo “já vi isso acontecer…” ou “a crise não é tão séria, pois acabamos de receber um novo pedido…”.
Por mais que tipos de reações como estas possam parecer uma visão otimista sobre o momento delicado, existe um risco muito grande quando esses pensamentos ganham força dentro do negócio. Quando isso acontece, a tendência é que as pessoas acreditem que devam continuar fazendo as coisas da mesma forma, sem assumir que o seu mercado está mudando e não se sabe quanto tempo essa mudança vai durar, nem se voltará ao que era antes.
Isso só pode ser contornado com um trabalho massivo do CEO, que vai precisar, em muitos casos, dar um verdadeiro choque de realidade nos seus líderes para que eles entendam a situação real.
Esse choque deve ser feito através da apresentação de dados reais, que mostram, por exemplo, a situação econômica dos clientes finais da empresa, ou dos seus clientes corporativos. Você, como CEO, vai precisar direcionar parte dos seus esforços para mostrar a todos a situação real sem implantar medo. Para que eles entendam e aceitem que a realidade agora é outra, muitas vezes será preciso um trabalho com cada um dos seus líderes, para que eles possam compreender e processar todas essas informações de uma forma racional e lógica.

Passo 3 - Aprendizado

Após criar um ambiente favorável para que os seus líderes possam colocar para fora seus medos e dúvidas e de trazê-los para a realidade dando visibilidade aos dados mais relevantes do seu mercado, para que eles saiam do estágio de negação, vem uma etapa tão ou mais importante do que as anteriores.
Você, o CEO, precisa ensiná-los novas maneiras de fazer negócios que sejam mais condizentes com o momento pelo qual a empresa está passando. Nós estamos vendo há meses empresas tendo que se reinventar para continuar atendendo as necessidades de seus clientes mesmo diante de todas as restrições de circulação e regras sanitárias.
Esse tipo de aprendizado só será possível quando os seus líderes não se sentirem paralisados diante do medo e da incerteza, e quando eles entenderem de verdade qual é o momento que a empresa está vivendo, porque algumas ações terão que ser tomadas: redução de custos, revisão de contratos e até mesmo cortes dentro da equipe.
Mas tudo isso talvez não possa ser tratado da mesma forma como em outros períodos em que a empresa sentiu grandes quedas no faturamento. Nesse contexto, cabe muito bem uma frase que eu gosto muito, que “o que te trouxe até aqui não é o que vai te levar ao próximo nível”.
Tanto os líderes quanto você, que hoje é o CEO do seu negócio, têm uma tendência muito forte de continuar fazendo a mesma coisa, já que ela “sempre funcionou”. É claro que é importante você e seu time terem métodos para fazer as coisas, mas o problema começa quando todos estão tão apegados a esse método que não percebem quando ele deixa de ser realmente efetivo.
Por isso, é preciso ajustar sempre sua comunicação com sua equipe conforme os estágios da crise, pois toda crise tem um ciclo de vida e os estados e necessidades emocionais variam de acordo com as fases do ciclo.
A empresa de consultoria empresarial americana McKinsey & Company, em um artigo, enquadrou a crise da Covid-19 em cinco estágios: Resolução, resiliência, retorno, reimaginação e reforma. Essas fases abrangem a crise de hoje até o controle da pandemia. No entanto, esses passos podem ser aplicados em qualquer tipo de crise.
Entendendo o gráfico:
  • No estágio inicial de uma crise, os comunicadores devem fornecer informações instrutivas para incentivar a calma.
  • À medida que as pessoas começam a seguir as instruções, você pode mudar para um foco no ajuste, o momento da mudança.
  • Por fim, à medida que o fim da crise aparece, é necessário aumentar as informações internalizadas para ajudar as pessoas a entenderem melhor a crise e seu impacto.
Tudo o que foi dito até aqui sobre o medo, a negação e a necessidade de aprender algo novo não são ideias dos tempos de pandemia. Mas, sem dúvida, quem se atentar para esses três pontos durante o cenário atual estará sempre um passo à frente daqueles que ainda estão apegados ao que já funcionou, esperando que tudo isso passe e o mundo e os mercados voltem ao normal. Cabe a você, o CEO, decidir como vai conduzir seu líderes daqui pra frente.
Fica a dica:

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