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Gazeta do Povo

“GenZers”? Como minha empresa pode se conectar com a Geração Z?

18/08/2019 22:59
Nunca se falou tanto de futuro, autenticidade e redes de
colaboração. Sabe de que grupo estou falando e os responsáveis por colocar isso
em pauta? Os “GenZers”, jovens da Geração Z, nascidos entre 1995 e 2010. E por
que esse assunto é importante para as empresas e empreendedores? Eles já
representam 30% da população mundial. No Brasil estamos falando de
aproximadamente 24 milhões de jovens, em que a maioria (11,9 milhões) é da
Classe C, segundo dados da pesquisa Target Group Index do IBOPE, de 2019.
Desse público, 92,18% possui um smartphone e 84,01% ainda assistem TV.
A tendência é que esse público se torne cada vez mais
influente. A geração Z já superou em números a Geração Y, conhecida como
Millennials, segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que
utiliza 2000 e 2001 como divisão geracional. Só para balizar essa discussão de
forma mais assertiva, por exemplo, os nascidos em 2001, que completam 18 anos
esse ano, estão entrando na universidade agora e poderão votar. Isso significa
um público mais ativo economicamente, que está entrando no mercado agora. Isso
é uma oportunidade para as empresas, certo? Sim, mas será que as empresas estão
preparadas para esse novo momento midiático?
O primeiro fato importante: esse público não
conhece um mundo que não seja digital. É uma geração hipercognitiva, que vive
múltiplas realidades ao mesmo tempo. Segundo fato: trata-se de um grupo que
prima pela diversidade em termos étnicos, raciais e comportamentais e valoriza
o coletivo. Essa foi uma das conclusões que chegou o relatório “Rise of gen
Z: new challenge for retailers
” (ou Ascensão da geração Z: novos desafios
para o varejo), da Ernst & Young. A geração anterior buscava mais apoio na
solução de problemas, ao contrário da geração Z que cria suas próprias
soluções. Portanto, os jovens de hoje são menos influenciáveis pelas marcas.
Eles experimentam e, se gostarem, vão compartilhar.
Então como criar um canal que faça sentido a
eles? Existem três pontos importantes para qualquer marca entender como deve se
comunicar com essa geração, são eles: comunicação em redes, preocupação
coletiva e propósito.
Comunicação em Redes
Eles transitam
por múltiplas comunidades nas redes ao mesmo tempo. Os “GenZers” estão
transformando a maneira de consumir cultura. Não é à toa que o YouTube
tornou-se o canal favorito e a economia do compartilhamento (como: o Airbnb,
Uber e Spotify) está em alta. Para dialogar com essa geração,
o iFood, por exemplo, criou uma estratégia de “pushers”, espécie de
cupons com oportunidades de promoção cruzada, em horários noturnos, visando o
público jovem.
Preocupação Coletiva
Os Z’s são
muito inclusivos e, por estarem em redes, possuem grande poder de mobilização.
São contra à polarização e compreendem as diferenças. Segundo pesquisa do
Google Trends, 85% dos entrevistados disseram estar dispostos a doar parte do
seu tempo para alguma causa social. E o meio ambiente aparece no topo das
preocupações. Por isso, estamos presenciando o surgimento de tantos
negócios sociais que valorizam a diversidade.
Propósito
Se as
organizações são feitas por pessoas, logicamente se faz necessário
que elas cresçam buscando se conectar aos valores compartilhados
por essa nova geração. Antes as empresas escolhiam os colaboradores.
Agora são eles que escolhem as melhores empresas para se trabalhar. Em
2018, a Nike resolveu apoiar a campanha “Acredite em
algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo”, do jogador de futebol
americano negro, Colin Kaepernick, que se tornou ativista contra a
violência policial. A marca veiculou um comercial na abertura da temporada da
NFL e estampou um imenso outdoor no centro de Nova York. A
campanha foi um sucesso. Os preços das ações da Nike subiram imediatamente e
seu canal de e-commerce registrou um crescimento de 36% no
trimestre posterior à campanha.
Resumindo: as
empresas precisam se posicionar de forma autêntica e transparente. Estar
presente nas redes é essencial e ouvir ainda é mais importante. Somente assim
será possível construir relações duradouras e significativas com esse público.
E lembre-se:
eles são o consumidor do futuro, mas já são o nosso presente.

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