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Camila Farani

Você é o que você pratica!

01/12/2019 20:00
Observem o comportamento de pessoas e empresas bem
sucedidas. Fatalmente, por trás de bons resultados, existe a prática do
aprendizado contínuo, de novas habilidades e, principalmente, do poder da adaptabilidade
aos novos tempos. Mas antes dessas atitudes existe um componente importante
para que isso se torne uma ação rotineira. Estou falando do poder do hábito. A
evolução contínua das tecnologias e as mudanças no mercado obrigam que os
colaboradores permaneçam no estado de alerta e aprendizado contínuo para que
suas habilidades não fiquem engessadas. E somente a prática do hábito poderá
fazer isso. Organizações do futuro devem criar essa cultura interna e
implementar a execução dos processos como um hábito.
Entretanto, no dia a dia corrido das empresas, o que falta é planejamento para colocar em prática todo o conhecimento que nós absorvemos em diversas tarefas e experiências. Quantas vezes você já teve uma ideia que achou inovadora, mas não levou pra frente? O hábito exige prática e persistência, mas se faz essencial incorporar na sua vida se quiser ter resultados expressivos. Segundo pesquisadores da Duke University, nos Estados Unidos, os hábitos são responsáveis por cerca de 40% do nosso comportamento no dia. Portanto, mapear como os seus atuais hábitos funcionam, e construir novos é essencial para o crescimento sustentável. Vários estudiosos estão debruçados nesse tema, devido a sua importância. O autor do livro “Atomic Habits”: Pequenas Mudanças, Notáveis Resultados, James Clear, diz que é necessário apenas um aumento de energia de 1% por dia para conseguir mudanças até 37 vezes maiores no período de 12 meses. Em outras palavras, trata-se da prática contínua do auto aperfeiçoamento.
Outro best seller que
ensina a construção dos bons hábitos é o livro “O poder do hábito: por que
fazemos o que fazemos na vida e nos negócios”, escrito pelo ex-repórter do New
York Times, Charles Duhigg. Para ele, o segredo está em codificar o que está
por trás dos padrões de comportamento e tentar mudá-los. O impulso, ou o
gatilho, é aquilo que desperta a vontade de realizar determinada ação. O
gatilho para quem come doce, por exemplo, pode ser a ansiedade habitual, em um
determinado horário do dia, como depois do almoço. A questão é que todo hábito
está relacionado a uma motivação, que envia uma mensagem para uma “zona de
conforto” do cérebro e assim temos vontade de realizar as ações sempre com o
mesmo padrão.
Quantas vezes você não se deu o prazer
de comer um doce depois de um dia difícil de trabalho para se sentir melhor?
Pois, justamente a sensação de recompensa é o que a pessoa sente depois de
realizar um hábito. Alguém que já possui o hábito de correr diariamente o faz
cada vez mais, porque sente que está progredindo sucessivamente. A questão é
que experimentos indicam que depois de várias repetições, o cérebro passa a
antecipar a sensação de recompensa. Sendo assim, o principal objetivo é atingir
esse “loop” do hábito.
No início, pode parecer difícil, mas
conforme avançamos se torna mais fácil e agradável. Existem alguns pontos que
podem ajudar nesse processo, como: estabeleça um plano de ação, tenha
disciplina no início para não falhar a estratégia, compartilhar os novos
hábitos com mais pessoas pode ajudar a não desistir no meio do processo, crie
métricas e objetivos de curto, médio e longo prazo e meça toda semana e tenha o
hábito de escrever seus aprendizados diários, pois é comprovado que o cérebro
assimila mais conteúdos quando escrevemos.
Concluímos, portanto, que para ser bem
sucedido, seja em qualquer atividade, é preciso colocar sempre os aprendizados
em prática contínua e transformá-lo aos poucos em hábito. Não se trata da era
da informação, mas da era da atitude. Informação todos têm acesso, mas o que
vai te diferenciar no mercado é o conhecimento colocado em prática. Esse, sim,
será um ativo de grande valor.

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