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Ainda é cedo, mas o futebol reage. E ninguém está pedindo futebol arte

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Carneiro Neto
16/08/2019 12:51 - Atualizado: 29/09/2023 23:25
Ainda é cedo, mas o futebol reage. E ninguém está pedindo futebol arte

Apesar das demoradas e nem sempre precisas decisões da arbitragem nas consultas ao VAR, o novo futebol reage. Reage na parte técnica, é claro, pois as arbitragens continuam caóticas e alguns treinadores insistem em armar esquemas mais defensivos com medo de perder jogos.

Mas, a maioria está ligada e propondo bom futebol. Temos Sampaoli, Cuca, Tiago Nunes, Fabio Carille, Renato Gaúcho, Odair Helmann, Rodrigo Santana, Rogério Ceni e mais alguns tentando inovar e procurar a marcação de gols com intensidade.

Fernando Diniz é um caso à parte. Ele tenta ser criativo, arquiteta planos táticos mirabolantes, entretanto o seu projeto não consegue decolar. Foi assim em sua recente passagem pelo Athletico e repete-se no Fluminense, que se arrasta nas últimas colocações do campeonato.

Felipão tem sido criticado pela indefinição estratégica do Palmeiras. Com um elenco recheado de cabeças coroadas e com os cofres abertos para qualquer bom negócio, a realidade em campo mostra uma equipe disposta a vencer, mas com grande dificuldade apesar da imensa diferença de elenco entre o Palmeiras e seus concorrentes. 

Acontece a mesma coisa com o Flamengo, que ainda não encontrou o ponto de equilíbrio sob as orientações do português Jorge Jesus. Enquanto Mano Menezes deixou o Cruzeiro, um revigorado Vanderlei Luxemburgo ressurgiu para animar o claudicante Vasco da Gama.

Ainda não dá para celebrar ou estourar champanhe, mas o futebol reage.

A propósito, li outro dia que as vitórias automobilísticas se celebram com champanhe porque, no rally Pequim-Paris, uma corrida de quase 15 mil quilômetros, organizada em 1907, pelo jornal francês Le Matin, o ganhador foi o príncipe italiano Scipione Borghese, que recebeu como prêmio uma garrafa de champanhe. Assim iniciou-se uma tradição que chega aos nossos dias.

Calcemos novamente as chuteiras.

Ninguém está pedindo futebol arte ou coisas que lembrem a idade de ouro na profusão de craques dos times e da seleção brasileira. Dificilmente voltaremos a contar com meia dúzia de super jogadores em uma mesma época como aconteceu no passado.

Até porque o jogador moderno transformou-se em pop star, um personagem a parte do atleta dentro de campo. Está aí o Neymar, com suas desditas, para confirmar a nova realidade.

O craque do novo século concentra-se e desconcentra-se em uma mesma partida, o que o leva a fazer uma linda jogada, agora, para dar uma bobeada, a seguir. O que se há de fazer?

Os nossos bons jogadores, pelo menos os que estamos vendo atuar no Campeonato Brasileiro e, há alguns dias, na seleção durante a Copa América, são, no mínimo, extravagantes.

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