colunas e Blogs
Carneiro Neto
Carneiro Neto

Carneiro Neto

Carneiro Neto

A seleção brasileira de volta com os craques

Por
Esportes Gazeta do Povo
01/09/2017 18:02 - Atualizado: 27/09/2023 19:40
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Durante a última Copa do Mundo os europeus estavam querendo entender a queda técnica do futebol brasileiro. Só queriam entender, nada mais.

Antes mesmo de a bola rolar, jornalistas e torcedores europeus que amam o futebol bem jogado tentavam descobrir os porquês das dificuldades enfrentadas pela seleção pentacampeã mundial para formar um time minimamente competitivo.

Curiosamente grande parte dos especialistas da Europa atribuiu o declínio à corrupção fora de campo, o que apenas confirmou que a fama dos dirigentes esportivos já ultrapassou fronteiras. Se bem que por lá a raça não é diferente, tanto que da FIFA, passando pela UEFA até chegar a alguns clubes, muitos cartolas foram afastados dos cargos e processados nos últimos anos.

A corrupção, lamentavelmente, virou conceito internacional.

Mas o futebol brasileiro, dentro de campo, começou a ser corrompido quando a maioria dos nossos treinadores passou a imitar justamente o estilo deles, os europeus, que, é óbvio, não têm culpa de nada, nem da ignorância alheia.

E, imitando o estilo de jogo do velho continente, logicamente violentaram o dos nossos jogadores, que deixaram de cultivar as suas características mais genuínas.

Desde as categorias de base ensinaram, burramente, aos jogadores brasileiros e exigiram deles que passassem o jogo dando trombadas nos adversários, impondo sua força, forçando o corpo-a-corpo como se fossem alemães ou ingleses.

E eles, do outro lado do Atlântico, espertamente, seguiram o caminho inverso diminuindo a pegada e incentivando os seus jogadores a criação, ao drible e a liberdade na busca do gol.

Nesse panorama, a seleção conviveu com Lazaroni, Parreira, Felipão, Parreira de novo, Dunga e o retorno de Felipão tristemente encerrado com o megavexame nos 7 a 1 da Alemanha no Mineirão.

Mas, espera aí, como é que nesse período o nosso time ganhou duas copas ? A explicação é simples: quem ganha é o jogador e não o treinador.

Quando existem alguns craques para fazer a diferença, mesmo que o esquema adotado não seja perfeito, acaba dando resultado. Todos recordam as circunstâncias da conquista do tetra nos Estados Unidos, nos pênaltis contra a Itália. Mas nem por isso Taffarel, Aldair, Mazinho, Bebeto e Romário deixaram de merecer destaques individuais.

Mas em 2002 a equipe brilhou intensamente e o mérito foi dos craques que desequilibraram como o goleiro Marcos, os alas Cafu e Roberto Carlos, o meia Rivaldo e os atacantes Ronaldo e Ronaldinho Gaucho. Até o jovem, e surpreendente Kléberson, do Atlético tornou-se peça importante na construção do penta.

Na Copa de 2006, na Alemanha, a seleção foi eliminada porque faltou comando e os jogadores estavam com preguiça.

Agora, todos os olhares estão voltados para Tite. Com razão, afinal ele conseguiu motivar o grupo, escolheu os melhores, definiu um sistema de jogo moderno e, sobretudo, deu liberdade para todos. E a nova safra é boa.

A defesa ficou mais forte, o meio de campo ganhou mobilidade com Casemiro, Paulinho, William, Renato Augusto e Phillipe Coutinho, e os fantásticos Gabriel Jesus e Neymar fazem a diferença.

É a seleção de volta com os craques.

Veja também:
Athletico bate recorde de superávit; veja detalhes do balanço financeiro
Athletico bate recorde de superávit; veja detalhes do balanço financeiro
Torcida presente, equipe tricolor… os bastidores do vídeo do Paraná Clube que viralizou
Torcida presente, equipe tricolor… os bastidores do vídeo do Paraná Clube que viralizou
Coritiba se pronuncia sobre caso de injúria racial contra jornalista no Couto Pereira
Coritiba se pronuncia sobre caso de injúria racial contra jornalista no Couto Pereira
José Aldo revela torcida por rival histórico no UFC
José Aldo revela torcida por rival histórico no UFC
participe da conversa
compartilhe
Encontrou algo errado na matéria?
Avise-nos
+ Notícias sobre Carneiro Neto
Coritiba sofre mas vence; Athletico sofre mas empata
Opinião

Coritiba sofre mas vence; Athletico sofre mas empata

A dupla Atletiba tenta superar-se mesmo com seus deficientes elencos
Opinião

A dupla Atletiba tenta superar-se mesmo com seus deficientes elencos

Cuca pretende melhorar o Athletico e tem um calendário pesado pela frente
Opinião

Cuca pretende melhorar o Athletico e tem um calendário pesado pela frente