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Paulo Coelho
Paulo Coelho: O mundo mudou pelo seu exemplo, não pela sua opinião.| Foto: Reprodução/Página oficial de Paulo Coelho no Facebook

A cópia de um post atribuído ao escritor Paulo Coelho revoltou simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro e rapidamente entrou para os assuntos mais comentados do Twitter neste domingo (13). “Boicote exportações brasileiras ou o Taleban cristão controlará o país”, diz o texto.

O post não é encontrado nas páginas e perfis de Paulo Coelho nas redes sociais. O escritor, segundo divulgaram alguns veículos de comunicação e milhares de internautas, teria apagado a publicação logo após a reação de bolsonaristas.

Nesta segunda-feira (14), Paulo Coelho fez uma postagem no Twitter com a seguinte mensagem: "Queima Pantanal! Queima Amazônia! Chegaremos a queimar livros, como nazistas faziam?". Em seguida publicou um vídeo em que uma pessoas queima um exemplar de sua obra mais lida e vendida, O Alquimista. O post veio com a frase "Bücherverbrennung a la Tupiniquim" (Queima de livro ao estilo Tupiniquim, em tradução livre). O autor do vídeo faz um apelo: "Queimem livros do Paulo Coelho".

A revolta contra Paulo Coelho fez com que o pedido de boicote, redigido em inglês, se espalhasse por todo o mundo. Milhares de tuítes reproduziram a cópia do post, muitos com críticas a Paulo Coelho e pedidos de boicote aos livros de autoria dele. O escritor tem 28 milhões de seguidores no Facebook e mais de 15 milhões no Twitter. Em toda a rede social, supera os 50 milhões de seguidores.

A polêmica envolvendo Paulo Coelho vem na esteira de uma campanha internacional contra Bolsonaro devido ao desmatamento e queimadas na Amazônia.

No último dia 9, o ator Leonardo DiCaprio compartilhou um tuíte da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil com um vídeo da campanha "Defund Bolsonaro" (Corte o financiamento de Bolsonaro, em tradução livre).

“Para salvar a Amazônia, devemos cortar o financiamento de Bolsonaro e tornar a proteção da Amazônia uma condição ‘obrigatória’ para o desenvolvimento, os negócios e os investimentos”, diz um trecho do texto de apresentação no site da campanha.

Defensores de Bolsonaro acusam os idealizadores da campanha de prejudicar a população do Brasil ao pedir boicote internacional aos produtos brasileiros. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi às redes sociais para rebater o engajamento de DiCaprio.

“Caro @LeoDiCaprio, o Brasil está lançando o projeto de preservação ‘Adote Um Parque’, que permite a você ou qualquer outra empresa ou indivíduo escolher um dos 132 parques na Amazônia e patrociná-lo diretamente por 10 euros por hectare por ano. Você vai colocar seu dinheiro onde sua boca está?”, escreveu Salles na mensagem em inglês.

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