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O juiz Sergio Moro com o pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo João Doria Jr.     Foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia - assessoria de imprensa LIDE
O juiz Sergio Moro com o pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo João Doria Jr. Foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia - assessoria de imprensa LIDE| Foto:

O juiz Sergio Moro com o pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo João Doria Jr.     Foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia - assessoria de imprensa LIDE

O juiz Sergio Moro com o pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo João Doria Jr. Foto: Fredy Uehara/Uehara Fotografia – assessoria de imprensa LIDE

A presença do juiz Sergio Moro em um almoço-debate promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, em São Paulo, recebeu elogios de alguns setores da sociedade. No entanto, houve também muitas críticas pelo fato de o evento ser liderado pelo pré-candidato do PSDB (hoje candidato oficial do partido) à prefeitura de São Paulo João Doria Jr.

Para os críticos, ao posar ao lado de Doria Jr., o juiz está servindo de palanque eleitoral para o político tucano. Há quem compare uma situação hipotética em que Moro participasse de evento coordenado por um candidato do PT, o que, para esses críticos, seria paradoxal.

Em que pese não ter nenhum impedimento para um magistrado participar de qualquer reunião ou debate, a liturgia do cargo [expressão da moda no momento], recomenda que, em muitos casos, é preferível ficar ausente.

Moro, como todo eleitor, deve ter as suas preferências partidárias, o que é um direito de cidadania. O que é questionável e objeto de crítica legítima é um juiz se transformar em palanque para candidatos deste ou daquele partido.

Doria Jr. com líderes do PSDB, FHC, Aécio Neves e Alckmin.

Doria Jr. com líderes do PSDB, FHC, Aécio Neves e Alckmin.

Matéria publicada na Folha de S. Paulo no dia 13 de setembro último [Caderno Poder] revela que a gestão do governador tucano Geraldo Alckmin pagou R$ 1,5 milhão ao empresário por anúncios veiculados em sete revistas da Doria Editora, entre 2014 e abril deste ano. Os pagamentos, de acordo com o jornal, foram intermediados por duas agências publicitárias contratadas pelo governo, a Mood e a Propeg, escolhidas por licitação, e seguiram os trâmites legais.

Um dos pagamentos, segundo a reportagem, totalizou R$ 501 mil por um publieditorial – formato em que o anúncio é semelhante a uma reportagem – de nove páginas na revista “Caviar Lifestyle”, que declara circulação de 40 mil exemplares. “Caviar” não deve ter nenhuma conotação com a expressão “esquerda caviar”.

Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, “há casos em que os valores pagos pelo governo foram proporcionalmente maiores em anúncios da editora do que em revistas consolidadas, que passam por verificação independente de circulação”.

“No dia 5 de dezembro, o governo pagou R$ 259 mil por um anúncio de oito páginas na revista “Meeting & Negócios”. Em 15 de janeiro, repassou R$ 202 mil por um anúncio de quatro páginas na revista Líderes do Brasil”, diz a reportagem.

Dória Jr. também tem relações com cartolas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em maio passado, ele foi convidado para ser o chefe da delegação brasileira na Copa América. O convite provocou críticas. “Se tem um problema de arbitragem, é o chefe de delegação que vai lá. O que um publicitário, um homem que tem um programa de entrevistas, faz grandes encontros como publicitário, tem a ver?”, declarou na ocasião o apresentador da Rede Globo Galvão Bueno.

Moro deveria ter ficado estudando os processos da Operação Lava Jato para acelerar os trâmites das ações, evitando que decisões suas possam ser derrubadas em outras instâncias por falha jurídica.

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