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Economia deve crescer em 2021, mas não recuperará a perda de 2020, projeta FMI.
Economia do Brasil deve crescer em 2021, mas não recuperará a perda de 2020, projeta FMI.| Foto: Reprodução/FMI

A projeção dos impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) é decepcionante para quem espera uma recuperação rápida do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Pelos cálculos da organização, o país vai crescer em 2021, mas não conseguirá recuperar a perda que ocorrerá em 2020.

De acordo com o FMI, o Brasil terá um recuo de 5,3% neste ano e, em 2021, o crescimento será de apenas 2,9%. A queda na economia brasileira agora em 2020 está na média da projetada para a América Latina e Caribe, de 5,2%. Mas para o próximo ano o crescimento brasileiro ficará abaixo da média dos países da região, estimado em 3,4%.

Entre os sul-americanos, a pior previsão do FMI é para a Venezuela, com redução de 15% do PIB neste ano e mais 5% em 2021. No lado menos ruim estão Paraguai e Colômbia, que deverão sofrer queda de 1% e 2,4%, respectivamente, neste ano. Para 2021 é projetado crescimento de 4% para a economia paraguaia e de 3,7% para a colombiana.

A estimativa de recuperação do PIB brasileiro no próximo ano também é inferior à prevista para a média mundial, com crescimento de 5,8%. A maioria dos países ricos, segundo o FMI, terá recuperação lenta. Os Estados Unidos, por exemplo, deverão crescer 4,7% em 2021, índice abaixo da queda de 5,9% prevista para este ano. O mesmo ocorrerá com o Japão, que deverá sofrer queda de 5,2% do PIB agora em 2020 e tem recuperação estimada para 2021 de apenas 3%.

Projeções para o PIB das principais economias sul-americanas

País                            2020            2021

Argentina                  -5.7              4.4

Bolívia                       -2.9              2.9

Brasil                          -5.3              2.9

Chile                           -4.5              5.3

Colômbia                  -2.4              3.7

Equador                    -6.3              3.9

Paraguai                    -1.0              4.0

Peru                           -4.5              5.2

Uruguai                     -3.0              5.0

Venezuela                 -15.0           -5.0

A queda no preço das commodities, na avalição do FMI, é um dos fatores que vão prejudicar a economia brasileira e de outros países da América Latina. De meados de janeiro ao final de março, os preços dos metais básicos caíram cerca de 15%, os preços do gás natural 38% e do petróleo cerca de 65%. A pandemia de coronavírus também reduziu a demanda por alguns produtos agrícolas, ponto forte da economia brasileira.

Os países em desenvolvimento da Ásia, de acordo com o FMI, vão impactar positivamente na recuperação da economia mundial no próximo ano. A China, segundo o fundo, além de ser um dos raros países que ficarão no azul neste ano (1,2% de crescimento), voltará com força em 2021, com previsão de crescer 9,2%. Para a Índia as projeções são inferiores que as atribuídas aos chineses, mas são positivas: crescimento de 1,9% agora em 2020 e de 7,4% no ano que vem.

Na zona do euro praticamente nenhum país, na avaliação do FMI, conseguirá voltar ao nível pré-crise do PIB até o final de 2021. A Itália, por exemplo, um dos países mais afetados pela pandemia, deverá perder 7,2% neste ano e recuperar somente 3,9% no próximo.

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