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O Senado não conseguiu levantar dados, mas os jornalistas mais experientes que cobrem o Congresso Nacional garantiam: a sabatina do paranaense Luiz Edson Fachin foi a mais longa das últimas três décadas – e a mais difícil para o sabatinado. Ao longo das 12 horas de sessão, muita coisa aconteceu nos corredores e salinhas próximas à CCJ.

Bexiga de faquir
Aos 57 anos, Fachin expôs autocontrole – principalmente da bexiga. Foi ao banheiro apenas uma vez. Beliscou na hora do almoço e ignorou o prato de jantar que foi improvisado na mesa de audiência. Ao final, um telespectador da TV Senado mandou mensagem dizendo que o nome dele não deveria ser Fachin, mas “Faquir”.

Richa, Cida e Requião
A comitiva do governo do estado, liderada por Beto Richa, chegou cedo à CCJ. Na sala lotada, Richa e a vice, Cida Borghetti, cumprimentaram pessoalmente todos os senadores. Richa foi frio no encontro com Roberto Requião (PMDB), que no mesmo dia anunciou que questionaria no STF as mudanças feitas pelo tucano na previdência estadual. Cida deixou a sabatina, por volta das 23 horas, em um animado papo com Requião.

Festival de entidades
Todos os chefes dos poderes estaduais, do Ministério Público, o reitor da UFPR, além dos presidentes do Tribunal de Contas, da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná e até da Federação Paranaense de Futebol prestigiaram ontem a sabatina de Fachin. Um tucano paranaense chegou a comentar que faltou apenas uma “entidade” representante do Paraná, o bruxo Chik Jeitoso.

Barraram o presidente
A polícia legislativa começou a manhã implacável na fiscalização de quem entrava na sabatina. Barrou várias autoridades paranaenses, entre elas o presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Vasconcelos. Segundo os seguranças, “só ministros” tinham assento reservado. Depois de alguma conversa, Vasconcelos foi liberado.

Segunda divisão
Quem não conseguiu lugar na sala da CCJ se espalhou por outros dois plenários do Senado que exibiram a sabatina ao vivo. Cerca de 50 representantes da comunidade jurídica paranaense viajaram a Brasília e pelo menos 80% deles ficaram nestas salas. Nas primeiras duas horas da sabatina, vibravam a cada declaração de senador favorável a Fachin como se fosse um gol. Depois, a torcida perdeu a força.

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