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Parreira, o coordenador do 7 a 1, afirma que faltou “experiência à seleção” na Rússia
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DIRETO DE MOSCOU, RÚSSIA – Carlos Alberto Parreira, técnico campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, e coordenador da equipe na Copa do Mundo de 2014, foi um dos entrevistados em encontro de notáveis promovido pela Fifa, no Estádio Luzhniki. Na coletiva, o ex-treinador apontou “falta de experiência” como um dos problemas que eliminaram o Brasil no Mundial da Rússia.

“Faltou experiência de Copa. Nós tínhamos bons jogadores, mas poucos com experiência no torneio. A comissão técnica também. O Brasil poderia ter ido mais longe. É uma competição muito decidida no detalhe”, comentou Parreira, 75 anos, que é membro do grupo de estudos técnicos da Fifa (Fifa Technical Study Group) e esteve ao lado, entre outros, do ex-atacante holandês Marco Van Basten e do ex-treinador sérvio Bora Milutinovic.

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O ex-técnico faz referência ao fato de a comissão técnica de Tite, considerando o próprio treinador, ter feito sua estreia no torneio. Tite, inclusive, revelou que se sentiu ansioso nos jogos iniciais. Para dentro de campo, o Brasil de 2018 manteve seis jogadores do Mundial anterior, de 2014: Thiago Silva, Neymar, Fernandinho, Marcelo, Paulinho e Willian. Os outros 17 eram estreantes.

Parreira tem larga experiência em mundiais. Foi preparador físico da equipe em 1970, no México, no tricampeonato, e em 74, na Alemanha. Foi o técnico no tetracampeonato, em 94, nos Estados Unidos, e também comandou o time em 2006, na Alemanha. Teve ainda participações com outras seleções, como a da África do Sul, em 2010, até fechar o seu histórico mundialista como coordenador da equipe do técnico Luiz Felipe Scolari, eliminada nas semifinais nos 7 a 1 para a Alemanha, em 2014, no Brasil.

Questionado sobre a bagunça que marcou o Mundial em 2006 — quando o Brasil desembarcou na Alemanha como um dos favoritos, com o time de Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho, Kaká e Adriano — Parreira acusou que os “melhores jogadores não chegaram na sua melhor forma. No torneio no Brasil, Parreira ganhou destaque pelo tom ufanista das declarações (“a CBF é o Brasil que deu certo”) e pela leitura da carta da “Dona Lúcia” ao final da disputa, uma misteriosa torcedora que enviou uma mensagem recheada de elogios ao time.

“Não é só saber que há um problema no time, mas como é possível resolver. Vamos para 20 anos sem título. Não é fácil ser um campeão do mundo. É preciso mais do que talento ou o Brasil ganharia todas as Copas. Precisa ter fome, ter paixão, ter organização. Mas nós continuamos sonhando em vencer a Copa no Catar. É como uma religião para nós brasileiros“, avaliou Parreira.

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