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Doutrinação na escola é uma chaga erroneamente associada ao ensino público. O caso recente da escola Avenues de São Paulo, com mensalidades variando de 12 a 15 mil reais, prova que o buraco é bem mais fundo.

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Foi neste colégio particular que um estudante de ensino médio foi humilhado pelo professor após questionar a índia Sônia Guajajara durante uma palestra. A militante do Psol e apoiadora do ex-presidente Lula falava sobre os "males" provocados pelo agronegócio brasileiro.

O aluno ousou questionar a argumentação de Sônia e foi interrompido de forma grosseira pelo professor Messias Basques Junior, responsável pelo convite para que a índia palestrasse no colégio. Sem contrapor os argumentos, o professor optou por apenas constranger o estudante e exaltar seus títulos acadêmicos.

“Deixa eu te dizer uma coisa, meu querido. Quando você entender o que é ser uma pessoa deste tamanho, você vai se lembrar deste dia com muita vergonha. (…) Então a minha recomendação é: me respeite, porque sou um doutor em Antropologia. Não tenho opinião, sou especialista em Harvard. No dia em que você quiser discutir com a gente, traga seu diploma e a sua opinião fundamentada em ciência, aí você discute com um especialista em Harvard”.

Messias Moreira Basques Junior, professor da escola Avenues, em resposta a aluno que questionou doutrinação na escola

Doutrinação na escola, arrogância e mentira

A agressão verbal do professor, claramente irritado com a interrupção do processo de doutrinação que vinha sendo feito pela militante sem a opção do contraditório, só veio a público, porque um aluno gravou a discussão em áudio e publicou nas redes sociais.

Não bastasse a tentativa de intimidação e silenciamento do aluno, o professor ainda mentiu para inflar seu próprio currículo. Messias Basques Junior não é formado em Harvard. Ele fez apenas um curso online, oferecido por um instituto ligado à Universidade de Harvard.

O curso é pago. Qualquer um disposto a desembolsar 250 dólares pode acessar as aulas. O curso não oferece diploma ou créditos para titulação, conforme esclarecido pela imprensa após o assunto vir à tona.

Entrevista com Paula Marisa

A partir de mais este caso de doutrinação na escola, convidei para uma entrevista a professora Paula Marisa, especialista em orientação e supervisão escolar e influenciadora digital, que há anos denuncia a militância de professores em sala de aula.

Crítica da educação construtivista, pregada por Paulo Freire e dominante nas salas de aula do Brasil, Paula Marisa explica por que a doutrinação na escola não se restinge à rede pública.

A professora abandonou a docência depois de ver o fracasso do método construtivista na prática e passou a compartilhar conhecimento no YouTube e redes sociais. Em poucos anos, tornou-se uma voz importante no combate a esse mal disseminado na Educação brasileira.

Nesta entrevista ela sugere caminhos para as famílias ajudarem no processo de resgate do ensino de qualidade, isento e sem doutrinação na escola. Para assistir à conversa clique no play da imagem que ilustra essa página. Depois deixe sua reação ao conteúdo e também um comentário que ajude no debate.

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