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Declaradamente contrário à votação do projeto de lei das fake news (PL 2630/2020) durante a pandemia, o senador paranaense Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) não se intimida ao responder por que alguns de seus colegas de Senado têm tanta pressa em querer determinar formas de controle sobre as publicações nas redes sociais e até da imprensa.

"Temos vários senadores que foram vítimas de fake news, sofreram campanhas difamatórias, e que estão votando um pouco com o fígado, não com a razão, porque estão muito brabos", disse o senador logo no início da nossa conversa ao vivo na manhã desta segunda (29) no Instagram da Gazeta do Povo.

O PL 2630/2020, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) recebeu 152 emendas em pouco mais de um mês, prova do quanto é controverso o assunto que vem ocupando o tempo dos senadores e está previsto para voltar à pauta nesta terça-feira (30).

"Eu acho que não é correto nós votarmos esse assunto agora durante o período de pandemia em que o Senado está funcionando por sistema de decisão remota. É um assunto complicado, sério, que precisa ser debatido."

Oriovisto Guimarães, senador (Podemos-PR)

"Eu acho que esse assunto necessariamente tem que passar pela Comissão de Constituição e Justiça, tem que ser ouvida a sociedade civil, tem que ser chamados os órgãos de imprensa, temos que chamar especialistas do setor, ouvir as próprias companhias que tratam disso, Facebook, Instagram e tudo o mais."

"Tomar essa decisão agora é muito perigoso, a chance de fazer um legislação ruim é imensa", disse o senador, que em seu primeiro mandato está com a melhor classificação do Senado na plataforma ranking dos políticos e conquistou a 5ª posição geral, atrás de quatro deputados federais do Partido NOVO.

Senador aos 72 anos de idade

Economista, professor, empresário, fundador e ex-presidente de um dos principais grupos educacionais do país (hoje com 10 mil funcionários e fornecedor de material didático e metodologia de ensino para escolas de todo o país e até do exterior, atingindo mais 1 milhão de alunos); e, ainda, fundador e ex-reitor da Universidade Positivo de Curitiba; da editora Positivo e da Positivo Informática, a maior fabricante brasileira de computadores, Oriovisto Guimarães entrou para a vida pública aos 72 anos de idade.

Em sua primeira eleição, em 2018, foi escolhido senador por quase 3 milhões de paranaenses (2.957.239), vencendo nomes de peso na política como o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e o ex-governador e ex-senador Roberto Requião (PMDB).

Uma de suas promessas de campanha foi cumprida assim que assumiu o mandato, em fevereiro de 2019: a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição prevendo prisão para condenados em 2ª instância, isso antes mesmo de o STF mudar o entendimento sobre a questão, o que possibilitou a soltura de milhares de presos, incluindo o ex-presidente Lula e vários outros políticos condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Na entrevista, que você pode conferir clicando no vídeo no topo da página, o senador fala sobre a PEC da prisão em 2ª instância; sobre a PEC do fim do foro privilegiado (proposta por outro senador do Paraná, Álvaro Dias, seu colega de partido) e também sobre os pedidos de impeachment de ministros do STF, todos parados no Senado por decisão do presidente Davi Alcolumbre (DEM-PA).

Ah! Começamos a conversa tratando da famigerada lei das fake news, porque o tempo urge! É nesta terça-feira a votação. Aos atentos fica a dica do senador: a pressão dos eleitores tem muito efeito sobre os parlamentares. Se quiser manifestar sua opinião, além de escrever para os senadores de seu estado (e até de outros), você pode deixar seu voto no site do Senado. Clicando aqui, encontrará o convite para opinar sobre o PL 2630 no meio da página, à direita.

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