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Há relação entre o aumento no número de registros de armas legais no Brasil e a queda no número de mortes violentas intencionais (homicídios e latrocínios)?

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Nas últimas semanas a segurança pública foi manchete dos jornais por causa da redução no número de homicídios no Brasil. Ano após ano o país registrava aumento no número de assassinatos, o que gerava, claro, um clima de insegurança cada vez maior.

Embora essa percepção ainda exista, uma luz começa a iluminar o fim do túnel. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, divulgado no fim de junho, mostrou redução de homicídios em 21 estados. O levantamento, anual, é feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Homicídios

Entre as diversas informações levantadas nesse estudo, dois dados chamam a atenção: redução de 6,5% nas mortes violentas intencionais, justamente no período em que o Brasil acumula aumento impressionante nos registros de armas legais.

O número de homicídios registrados em 2021 (47,5 mil) ainda é altíssimo, embora menor que o de 2020 (50,5 mil). Foi também o menor número desde 2011, quando o Fórum Brasileiro de Segurança Pública começou a monitorar os indicadores de segurança pública no Brasil.

Naquele ano de 2011, início dos monitoramentos, houve trezentas mortes a menos que em 2021 (47,2 mil contra 47,5 mil). Em todos os outros anos o número foi maior que o atual. Foi, aliás, cada vez maior, até chegar a absurdas 64 mil mortes em 2017.

De lá para cá os números oscilaram, ora caindo, ora subindo, mas não mais ultrapassando a triste marca dos 64 mil. Nesse período, um fato novo surgiu no Brasil: a mudança nas regras para aquisição legal de armas.

Aumento no número de armas legais

Além de registrar queda nos homicídios a partir de 2018, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra a venda de armas indo no caminho inverso. Há quatro anos os registros de vendas de armas legais só aumentam.

O acréscimo na quantidade de licenças para armas de fogo no Brasil foi de 473%. Em 2018, o Brasil tinha 117.400 registros ativos de caçadores, atiradores e colecionadores de armas (CACs) e, segundo dados atualizados até 1º de junho de 2022, esse número chegou a 673.800.

Nesta reportagem da Gazeta do Povo há várias explicações apontadas por especialistas para a queda no número de homicídios. O aumento no número de armas é a última delas, mas está na lista. Seria porque os bandidos temem reação da vítima caso ela tenha arma e saiba atirar?

Para ver a análise em vídeo clique no play da imagem no topo da página.

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