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Dias atrás a Gazeta do Povo publicou reportagem sobre a mobilização de moradores da cidade de Lucas do Rio Verde (MT) para renomear o Centro de Educação Infantil Paulo Freire. A escola municipal, criada em 2019, atende 900 alunos de pré-escola.

A campanha pela mudança do nome questiona as preferências políticas do pedagogo, que no governo Dilma ganhou o título de “patrono da Educação” brasileira, mas é um nome há muito envolto em polêmica.

Seu método de alfabetização não produziu resultados expressivos para o ensino no Brasil, pelo contrário. O país figura sempre entre os últimos lugares nos testes de desempenho aplicados em alunos do mundo inteiro.

Paulo Freire é controverso também por ter sido um simpatizante de regimes comunistas, como o de Cuba, e ter defendido teses como a de que a família é um ambiente opressor.

A campanha questiona as preferências políticas do educador, considerado pelo ex-prefeito, que deu nome à escola e pela atual equipe da prefeitura da cidade, como “um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial”, o que não é pensamento unânime nem mesmo entre educadores.

Pensador americano desmascara Paulo Freire

A metodologia de ensino pregada por Paulo Freire extrapolou fronteiras e hoje, também é questionada fora do Brasil. O pensador americano, James Lindsay, calculou que nos EUA 30% dos alunos saem do Ensino Médio na condição de analfabetos funcionais.

Parte da culpa é atribuída ao método Paulo Freire, porque o pedagogo, segundo Lindsay, subverte a definição básica de alfabetização. Para Paulo Freire o aprendizado das letras e das palavras é secundário. O elemento central é a alfabetização política - o que significa a adesão às ideias socialistas.

Esta outra reportagem da Gazeta, publicada em maio, mostra a visão que este autor americano tem do educador pernambuco, Paulo Freire.  James Lindsay é Doutor em Matemática pela Universidade do Tennessee e um importante pensador do sistema americano de ensino.

Para ele, jovens americanos estão saindo da escola, após anos de estudos, sem capacidades elementares de escrita, leitura e interpretação de textos por motivos claros.

“Na metodologia Paulo Freire, a conscientização é mais importante do que o aprendizado de habilidades, porque o aprendizado de habilidades reproduz a meritocracia e não torna possível a revolução marxista”.

James Lindsay, doutor em Matemática e pensador sobre o ensino nos EUA

Lindsay coloca o dedo na ferida ao dizer que, pelo método Paulo Freire, a razão da educação é a de promover a conscientização e criar ativistas para transformarem o mundo, sendo que a única forma de transformar o mundo, por essa visão, seria por meio da teoria marxista.

O autor vai a fundo na crítica, explicando que a obra de Paulo Freire subverte a própria lógica da alfabetização colocando uma carga política já nas aulas dos anos iniciais da escola. Os professores são orientados a esquecer o conteúdo real dos livros didáticos e usar todas as aulas como um veículo para se criticar da sociedade.

Origem da doutrinação nas escolas

Fica fácil enxergar a raiz da doutrinação que se vê hoje em salas de aula brasileiras, tanto no ensino superior, quanto no médio e no fundamental. Conforme apontado por esse pensador do ensino americano, para Paulo Freire o papel do educador não é ensinar os alunos, mas tornar-se um ativista junto com eles.

Quantos e quantos professores universitários do Brasil não dizem hoje, com orgulho, que não formam profissionais dessa ou daquela área, mas militantes, ativistas, guerreiros de uma causa. Estão aí o Jornalismo, o Ministério Público e tantas outras áreas, absolutamente aparelhadas, dominadas por militantes ideológicos.

E pensar que no Brasil essa metodologia foi implantada de Norte a Sul, uma presidente da República deu a esse educador o título de “patrono da Educação” e gestores municipais de partidos de esquerda fizeram questão de homenagear Paulo Freire, batizando creches e escolas com o nome dele!

Segundo a base de dados do INEP (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que é um órgão do Ministério da Educação, o Brasil tem 410 escolas com o nome de Paulo Freire (338 são públicas e 72 particulares).

Lucas do Rio Verde como exemplo de cidadania

O movimento de parte dos moradores da cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, é mais uma prova de que os brasileiros estão hoje muito mais informados e politizados do que num passado recente. Não aceitam mais engolir ideólogos, que pretendem impor uma forma de pensar única às novas gerações de brasileiros.

Se a iniciativa terá êxito, ainda não sabemos. A ideia dos organizadores do abaixo-assinado contra o nome "Paulo Freire" na escola municipal é recolher 2.500 assinaturas para apresentar a proposta à Câmara de Vereadores como um projeto de iniciativa popular.

Em pouco mais de um mês a mobilização já conseguiu quase 2.000 assinaturas. O criador da campanha tem conseguido apoio de pais de alunos, vizinhos do bairro, comerciantes… Até alguns vereadores já declararam apoio à proposta.

Caso o pleito seja atendido, os idealizadores do movimento querem fazer uma votação para escolher o novo nome da escola, seguindo alguns critérios: tem que ser uma pessoa falecida, ligada à educação e que tenha serviços prestados à cidade.

Fato é que Lucas do Rio Verde dá exemplo de mobilização para o país. Mostra que a união e a iniciativa, e não a lamúria quase silenciosa de quem se rende à tirania, podem salvar nossos valores morais e nossos sonhos de um país melhor.

Isso, junto com a escolha de políticos comprometidos com o bem comum e não com seu próprio projeto de poder ou com a implantação de sua ideologia até no ensino, muda o Brasil.

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