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(Foto: Brunno Covello)
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(Foto: Brunno Covello)

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Há alguns anos o aperfeiçoamento das tecnologias vem sendo massivamente explorado por pesquisadores de todos os cantos do mundo. Desde então surgem inúmeras amostras de avanços com todos os tipos de materiais. Porém, algo está quebrando a cabeça dos pesquisadores: quem vai continuar com esse trabalho? Esta dúvida gerou uma iniciativa global batizada de “Robótica Educacional”, uma tentativa de despertar o interesse das crianças pela produção de tecnologia de ponta.

Trata-se de um processo educacional simples que pode ser aplicado nas escolas, com crianças e adolescentes de variadas idades. O propósito é estimular o raciocínio lógico e motivá-los a aprender programação desde pequenos. Levando em conta a pré-disposição das crianças ao aprendizado de novos saberes por ser uma idade de muita descoberta, como atestamos com o ensino de línguas estrangeiras por exemplo, porque não elevar o estímulo também à área de programação?

Os subterfúgios utilizados são extremamente flexíveis (mesmo), vão de materiais recicláveis de computadores antigos a peças de sucata. Além disso, basta ter uma máquina capaz de rodar um software para a programação e pronto, um projeto já pode ser desenvolvido com criatividade e disposição. O que antes iria para o lixo, agora pode se transformar em coisas incríveis saídas da mente dos alunos.

O caminho para levar este tipo de prática às escolas ainda é um pouco complicado, muitos educadores torcem os narizes e não aceitam muito bem a ideia de trabalhar com certos encartes e manuais por requerer um nível de atenção e dedicação muito maior, ou simplesmente por indisposição a sair de suas zonas de conforto, “eu já estacionei meu carro há muito tempo nesta vaga”. Isso é um pouco frustrante para educadores inovadores e profissionais de computação, pois é um aprendizado que, se incentivado desde cedo pode contribuir e muito para o futuro do país e que está sendo deixado de lado.

Para aqueles que encaram de cabeça erguida o desafio de educar, a recompensa é incrível. Ver o brilho nos olhos das crianças após concluir seu projeto de “fazer uma barata robô andar sozinha”, por exemplo, faz com que tenhamos ainda mais vontade e esperança no futuro. Mais do que para as crianças, para os profissionais que se aventuram e são expostos a comentários recompensadores do tipo “da próxima vez vou fazer um robô T-Rex” isto representa um estímulo convidativo ao aperfeiçoamento de suas aulas e integração dos conteúdos do quadro com os da tela do computador.

Então, eu me pergunto o porquê de tão poucos projetos desta natureza serem realizados e, menos ainda reconhecidos. O Brasil é, por si só uma nação criativa e a impressão é a de que isto é pouco explorado. Projetos autônomos e alguns em parcerias com ONG’s e institutos estão trazendo um pouco disso para a nossa realidade, mas, muito ainda deve ser feito para que possa ser realmente consolidado. Bem, eu acredito que um dia talvez possamos ter programação como uma matéria curricular, assim como matemática, português, porque não?

*Artigo escrito por Lucas H. Lang Pszysiezny, técnico em Informática e colaborador do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM). Twitter: @Langger_ . Lucas contribui voluntariamente no blog Educação & Mídia.

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