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E agora?
| Foto: creativeart | Freepik

De todos os anos passados frente a uma instituição de ensino, pela primeira vez, desconhecemos completamente o significado do agora e o amanhã. Perspectivas boas e ruins, não sabemos. A certeza é que nunca mais será a escola que conhecemos. Esta escola de hoje deixará de existir da forma como a conhecemos, afinal,  o que aconteceu, evoluímos ou retrocedemos. A resposta é simples: momentos  difíceis forjam as pessoas, quebraram-se paradigmas, como a sala de aula virtual, o home office e reuniões online, onde podemos afirmar que toda estrutura de uma sala de aula é substituída por um celular em mãos.

Alguns desavisados nos diriam que esta tecnologia é recente. Óbvio que não. Estas metodologias iriam acontecer simplesmente por uma questão de tempo, e o que fizemos foi por necessidade, ao criar um atalho no tempo na aplicação da educação tecnológica. Antecipamos o tempo e simplificamos o espaço, não por opção ou investimento, mas pela pura e cruel necessidade.

O momento atual é de completa incerteza, é como uma equação matemática extremamente complexa e que não tem uma resolução. Hoje existe um bombardeio de informações virtuais. Nossa vida nos dias de hoje,  por nos tornarmos essencialmente virtuais e conectados,  presenciamos desserviços informativos. Parece-nos que a verdade é sempre aquela em que o observador acredita e, em meio as dúvidas, incertezas e angústias, nos fazem uma confusão mental. Não sabemos o que é certo ou correto, não conseguimos identificar o que está errado nas nossas ações e atitudes e, a cada dia, estamos perdendo a crença de dias melhores, e continuamos  avançando ao desconhecido e incerto.

Apesar de todo o contexto caótico desta pandemia, de doença e mortes, a sensibilidade humana não aflorou. É necessário mais óbitos. E o que mais se presencia são disputas políticas e interesses econômicos  se sobrepondo às necessidades do coletivo. Enfim, onde foi que erramos, para voltarmos e consertarmos? Afinal, nós conseguimos antecipar o tempo.

A educação privada esta comprometida. Mas isso não acontece em todos os segmentos, alguns estão se regozijando, outros se alimentando das migalhas da mesa. Mas o contexto é um só, quando as dificuldades se tornam coletivas e a inevitável recessão bate em todas as portas, independente de quem seja. Afinal, a gripe não escolhe este ou aquele, todos mais cedo ou mais tarde serão contaminados.

Implacável e triste o que estamos vivenciando, perdemos o sentido do que é real. Há muito tempo nos tornarmos menos humanizados. A pandemia deveria nos ensinar que podemos ser diferentes, que podemos acreditar nas pessoas e quando um mal maior atinge a todos, existiria união comum entre todos. Parece-nos que a catástrofe não foi suficiente.

A nossa função primordial é levar esperança de dias melhores a todos, independentemente do segmento empresarial. O importante é acreditar e fazer as pessoas acreditarem que algo maior e melhor está por vir, e que estes tempos engraçados, no futuro, serão muito tristemente engraçados.

Texto escrito por Artur Gustavo Rial. Pedagogo e diretor do Sinepe/PR Regional Cataratas. O SINEPE/PR colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no Blog Educação e Mídia.

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