Nos últimos anos, o avanço das tecnologias digitais dita um novo ritmo no comportamento da sociedade em diversos aspectos, demandando uma adaptação no comportamento dos mais velhos, como no meu caso, que fui formada num período bem diferente, meu primeiro contato com computador ou telefone celular foi na faixa dos 30 anos, e formando um perfil diferente de indivíduos, que estão no seu processo de formação, próprio e característico da nova era digital, que são as nossas crianças e jovens de hoje, que já nascem mexendo em smartfones e computadores, onde se comunicar e interagir imediata e instantaneamente, é uma realidade. Desta forma, os processos educacionais, também são impactados e têm novas demandas diante desta realidade, isso é um fato. Mas para acompanhar tais demandas, temos alguns grandes desafios e precisamos lembrar que o ponto de partida de uma escola, é a gestão, pois é a partir dela que os processos são desenvolvidos, conduzidos e geridos.
Por isso, é fundamental para o desenvolvimento de uma instituição de ensino que nós, os gestores escolares, responsáveis pela adaptação dos processos sociais para dentro da escola, estejamos abertos e atentos a estas demandas, em sinergia com a comunidade, observando e compreendendo suas demandas, estabelecendo parcerias, buscando conhecimento, inovando e se reinventando. Pois nós, mediamos os processos entre as demandas da sociedade e as forças culturais inerentes ao ambiente escolar, com o propósito de desenvolver um projeto educacional competente e apropriado.
Hoje, principalmente no meio corporativo, se fala muito em “Cultura da Inovação”, e, ao contrario do que muitos pensam, inovar, não significa estar em um ambiente repleto de tecnologias, de softwares de automação, onde tudo acontece sozinho. É preciso entender que inovar, é gerenciar processos de forma personalizada, com nova soluções, e por vezes com recursos arcaicos, mas com soluções diferentes. De forma geral, podemos entender que inovar dentro de uma instituição, seja ela escolar ou não, é desenvolver suas próprias soluções, para os seus próprios problemas, identificando suas necessidades e as construindo dentro de seu próprio contexto, com seus próprios recursos, ou seja, onde cada gestor, seja conhecedor de seu contexto, torne-se pertencente a determinado ambiente, identifique suas necessidades, recursos e capacidade de desenvolver estratégias e as implemente. Nesta perspectiva, compreende-se que a inovar é uma ferramenta complementar dentro do processo da gestão, pois, a necessidade de resolver determinado problema, gera uma solução para aquele problema específico.
Compreendido nosso ponto de partida, nos próximos textos vamos abordar algumas estratégias na prática que podem nos auxiliar e muito neste processo, e juntos desenvolvermos soluções inovadoras e personalizadas para nossas escolas.
*Texto escrito por Josemary Morastoni, pedagoga, especialista em formação de professores e Coaching Educacional, mestre e doutoranda em Educação e com mais de 30 anos de experiência como gestora escolar em instituições da Educação Básica e do Ensino Superior, tanto da rede pública, quanto da rede privada de ensino. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.
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