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Qual é a melhor Pós-graduação para o atual cenário de mercado?
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A grave crise econômica que vivenciamos acarretou uma grande oferta de mão de obra disponível no mercado. Aliado a isso, cada nova mudança tecnológica introduzida pelos diversos meios de comunicação e modos de produção influenciam nosso modo de ser, agir  e representar as coisas no mundo e, consequentemente, a forma como aprendemos. Diante dessa abundância de escolha de profissionais e da dinamicidade do mercado, as empresas levantam cada vez mais a altura da barra que os postulantes a uma oportunidade terão de saltar para serem admitidos.

Uma escolha (sábia!) pela qual muitos profissionais optam é a busca por qualificar-se realizando uma pós-graduação com vistas a diferenciar-se de sua concorrência. O problema é que essa necessidade vem, para uma boa parcela do público, justamente no momento de maior maturidade na carreira, com o aumento de pressões por resultados e horas extras de dedicação no trabalho, o que acaba implicando em menos tempo para o casamento, filhos e amigos.  Considerando tudo isso, retomamos a questão do título: Qual é a melhor Pós-graduação para o atual cenário de mercado?

Instituições de ensino que estão em sintonia com o mercado têm adotado o modelo de ensino híbrido para entregar a melhor experiência possível para seus alunos. Investem em nomes de peso para os momentos presenciais e utilizam o ensino a distância para entregar conteúdos de qualidade e reduzir o tempo de intregralização do curso. Nesse quesito, por exemplo, um curso de pós-graduação tradicional que tem, em média, duração de 360 horas no modelo presencial pode durar até 2 anos. No ensino híbrido (70% EAD e 30% Presencial) poderá ser realizado em 6 meses.

Outro aspecto que merece ser comentado refere-se ao fato de que as organizações que são referência também já entenderam que não basta a oferta de programas que mesclem encontros presenciais e a distância para serem consideradas flexíveis. O diferencial de mercado se dará não só na flexibilidade de escolhas das disciplinas, mas também na metodologia diferenciada de ensino. O primeiro passo para essa transformação consiste na proposta de uma grade de curso cujo projeto pedagógico seja pensado com foco no perfil do aluno egresso a ser formado e elaborado por competências e habilidades. Dessa forma evita-se que o curso seja estruturado por meio de um conjunto de conteúdos que funcionem como eixo central do processo educacional. Dito assim, isso pode parecer trivial, mas na prática não é!

Grande parte das instituições ainda atua insistindo no modelo tradicional, cuja abordagem está focada juntamente no conteúdo. Algumas até conseguem trazer para as salas de aula conteúdos com uma roupagem moderna por meio de profissionais que se destacam no palco, ou cuja reputação já é suficente para atrair multidões. Mas esse modelo funciona? Hum... depende. Então, qual é o problema?

Este modelo não é nada inovador e repete o erro cometido há muito tempo na forma como ocorre a transmissão do conhecimento. Nesse modelo, herança do pensamento positivista do início do século XIX, tem-se como fundamento a necessidade da disciplina (no sentido de ordem) para a evolução, progresso ou, em nosso caso, aprendizado. É desse molde tradicional que temos a memória (não muito distante) de alunos enfileirados e em silêncio, recebendo uma série de informações de um professor, como se essa figura pudesse ser a detentora da verdade inerente àquele saber. Ao final de um curso que siga esse formato pode até ser possível obter como resultado um indivíduo que tenha memorizado uma extensa lista de informações que lhe foram transferidas. No entanto, dificilmente será um sujeito capaz de estabelecer relações entre fenômenos,  articular ideias e agir de forma proativa.

A mudança de um ensino nos moldes tradicionais para uma prática baseada no desenvolvimento de competências e habilidades ganhou força mundialmente após a Conferência Mundial de Educação para Todos realizada pela Unesco na Tailândia. Na conferência ficaram definidos quatro pilares da educação (aprender a conhecer, a fazer, a viver e a ser) que passariam ser a meta para o desenvolvimento educacional em todos os países signatários daquele documento. Percebe-se que esses pilares consistem em objetivos que vão além de apenas transmitir informações como ocorria até então.

Este novo modelo, por sua vez, propõe o deslocamento do conteúdo que ocupava o centro de atenção do processo educacional para dar lugar a uma maior ênfase ao trabalho com habilidades. Tal modelo visa propiciar ao aluno a construção de saberes, que compreendem instrumentos essenciais para a aprendizagem, necessários para que as pessoas possam se desenvolver, melhorar sua qualidade de vida, tomar desisões fundamentadas e, talvez o mais importante, continuar aprendendo.

Retornando ao ponto, precisamos responder a pergunta realizada no início do artigo, sobre qual a melhor pós-graduação para o atual cenário de mercado. A resposta éque você procure por uma instituição que faça com que sua pós-graduação se destaque, que tenha capacidade de te projetar em sua esfera de atuação e que, de preferência, atenda a um nicho específico de mercado. Fuja dos cursos genéricos e que já tenham uma grande quantidade de ofertas e profisisonais.

*Texto escrito por Carlos Eduardo Leite Ribeiro, profissional que atua há mais de 10 anos no Ensino Superior Privado, autor de dois livros: Recriação em Ônibus e Recriação Aqui e Acolá, foi professor e gestor na área educacional, realizou um trabalho de liderar as estratégias comerciais com o objetivo de captar novos alunos no grupo Kroton.  Atualmente gerencia o ensino superior das Faculdades da Indústria Sistema Fiep e Jahyr de Almeida, formado em Letras pela UFPR e mestre em Estudos da Linguagem pela UTFPR. Atua na Gerência de Educação do Sistema Fiep coordenando ações e projetos junto aos níveis Fundamental, Médio e Superior. Ambos atuam no Sistema Fiep, que colbora voluntariamento com o Instituto GRPCOM por meio do Blog Educação e Mídia.

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