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Centro Dom Bosco perde ação contra Porta dos Fundos
| Foto: Reprodução/ Instagram

A Coluna Entrelinhas conversou com Álvaro Mendes, presidente do Centro Dom Bosco, que confirmou que a associação católica perdeu uma ação judicial contra o grupo de humor "Porta dos Fundos", resultando em uma condenação ao pagamento de R$ 55.000,00. Essa derrota é parte de uma série de batalhas judiciais que o Centro Dom Bosco tem travado há mais de seis anos contra o Porta dos Fundos, alegando que o grupo ataca a fé católica.

Segundo Álvaro Mendes, o grupo humorístico teria instaurado um "direito satânico de blasfêmia" no Brasil, criando vídeos que, segundo ele, ridicularizam figuras sagradas. “Esses homens criaram uma quantidade impressionante de vídeos com o fim de ridicularizar a imagem de Nosso Senhor e da Santa Igreja Católica”, declarou Mendes, chamando o Porta dos Fundos de um "grupo revolucionário travestido de humoristas". O caso que deu início aos embates judiciais foi o "Especial de Natal" da Netflix, chamado "A Primeira Tentação de Cristo", que retratou Jesus como homossexual, sugeriu um triângulo amoroso entre Deus, Maria e José e apresentou os Três Reis Magos como personagens trapalhões e interesseiros. Para o Centro Dom Bosco, essa produção foi um ataque às figuras sagradas da fé cristã.

Outro episódio acusado pelo Centro Dom Bosco foi "Ele Está no Meio de Nós", no qual o ator Gregório Duvivier interpreta Jesus como um voyeur que se deleita ao assistir a uma relação sexual. Para Mendes, esse vídeo representou um "grave desrespeito à imagem de Jesus Cristo". A ação judicial, que recentemente teve desfecho negativo para a associação, contestava ainda um vídeo em que Fábio Porchat interpreta Deus, sugerindo Hitler como um modelo de santo católico, enquanto outros personagens são enviados ao inferno por razões banais.

O poder judiciário optou por não analisar o mérito do caso e condenou a associação ao pagamento das custas processuais, desconsiderando o fato de que se trata de uma entidade sem fins lucrativos. Mendes reforçou que, além de vilipendiar a fé católica, os vídeos do Porta dos Fundos também promovem a cristofobia e que essa condenação faz parte de uma perseguição mais ampla contra a religião.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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