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Citado em áudios, Constantino acredita que assessoria do TSE entregou mensagens
| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

Em conversa com a coluna Entrelinhas, o jornalista Rodrigo Constantino afirma ter sido pego de surpresa com as revelações da reportagem da Folha de S. Paulo publicadas na tarde desta terça-feira (13).  Ao comentar a troca de mensagens entre o gabinete de Alexandre de Moraes na Suprema Corte, feita entre o seu juiz instrutor Airton Vieira e a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Constantino revela à coluna sua suspeita. “Acredito que o Eduardo Tagliaferro, que à época chefiava a AEED, tenha sido largado às traças e entregou seu telefone”, declara. Em maio, Tagliaferro foi preso por violência doméstica em Caieiras (SP) e exonerado da Corte logo após o incidente.

Apesar das suas suspeitas, Rodrigo Constantino afirma que “está no escuro como todo o Brasil”.  O jornalista afirma que já conversou com seus advogados e que irá novamente recorrer à cortes internacionais, ao Senado e novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigo ainda garante que é preciso agir e que teve informações que esse assunto é apenas o “batom na cueca” e “vem mais por aí”. “Agora temos ‘um corpo de delito’ e isso precisa gerar consequências”, pontua.

Rodrigo Constantino também opina que acredita que a “imprensa militante” agiu e “soltou a mão do cara”, avaliando que o jornal até então não combatia diretamente as ações do ministro. Ao finalizar a entrevista, o jornalista declara que, “se depois do que veio à tona ele [Moraes] não cair, pode entregar as chaves do Brasil para a Venezuela ou para a China”.

Oposição prepara superpedido de impeachment contra Moraes

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse, nesta terça-feira (13), que irá protocolar um "superpedido" de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, no próximo dia 9 de setembro. A medida será feita em conjunto com outros parlamentares de oposição. Girão explicou que o pedido se deve a uma série de “arbitrariedades” atribuídas a Moraes. Dentre elas, o senador citou as prisões de Felipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, e de Silvinei Vasques, que foi diretor da Polícia Rodoviária Federal durante a gestão Bolsonaro, e o 8 de janeiro de 2023.

Segundo ele, o pedido de impeachment será assinado conjuntamente por outros senadores, deputados, juristas e representantes da sociedade civil. À Gazeta do Povo, o senador afirmou que ainda não pode divulgar o nome dos senadores e deputados que já assinaram a proposta, mas que a lista será divulgada na tarde desta quarta-feira (14) durante uma entrevista coletiva sobre o tema que será realizada no Senado Federal.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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