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Constantino analisa fenômeno Marçal como opção “antissistema” nas eleições de São Paulo
| Foto: Reprodução/ Instagram

Em entrevista ao programa Entrelinhas, o jornalista e comentarista da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino abordou as eleições para a prefeitura de São Paulo (SP). Constantino destacou a importância da capital paulista, que possui um dos maiores orçamentos do país, superior a 100 bilhões de reais. Para ele, as eleições se configuram como um teste não apenas entre o presidente Lula e Jair Bolsonaro, que apoiam respectivamente Guilhermes Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB), mas também para Pablo Marçal (PRTB), que tem gerado tanto curiosidade quanto resistência.

Constantino comparou Marçal ao fenômeno de Bolsonaro em 2018 e ao de Donald Trump em 2016, caracterizando-os como expressões do antissistema. Ele criticou os ataques direcionados a Marçal, especialmente por parte de bolsonaristas que tentam deslegitimá-lo ao afirmar que ele não é realmente um candidato antissistema. “A discussão gira em torno disto: a munição para o fenômeno nacional populista acabou?”, questionou.

O comentarista também fez uma analogia com a forma como o Partido dos Trabalhadores (PT) tratava os tucanos - do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ressaltando que os tucanos, como Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), tinham uma expectativa de manter um discurso mais refinado. Em contraste, Bolsonaro, com seu estilo mais direto e provocador, conquistou o apoio popular mesmo vindo de um histórico de baixo clero no Congresso.

Constantino observou que, apesar das alianças de Bolsonaro com nomes como Ricardo Nunes, a figura de Marçal, um "cavalo paraguaio" que se posiciona como anticomunista e critica a "velha imprensa", desperta interesse. Ele argumentou que a sociedade está disposta a testar novas propostas e estilos.

"Será que ainda há espaço para um outsider que desafia as normas estabelecidas?", indagou Constantino, citando o respeito dado ao candidato Guilherme Boulos, que, segundo ele, teve um passado de ações radicais. Para Constantino, essa dinâmica revela uma incoerência no tratamento da diversidade de candidatos.

O colunista ainda disse que "a turma está ansiosa para descobrir se o fenômeno do nacional-populismo antissistema ainda é relevante para as eleições", expressando sua expectativa de que o sistema tradicional enfrente dificuldades nas urnas no próximo domingo.

Conteúdo editado por:Mariana Braga
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