O senador Eduardo Girão (Novo - CE) detalhou à coluna Entrelinhas que organiza, junto com outros parlamentares e juristas, um "super pedido de impeachment" do ministro Alexandre de Moraes. O grupo vai anunciar a campanha nacional na manhã de quarta-feira (14) em uma entrevista coletiva no Congresso. As assinaturas de deputados, senadores e juristas serão coletadas até dia 7 de setembro. "No dia 9, a gente protocola o pedido de impeachment na mesa do Senado Federal", garante o congressista.
Girão lembra que faz mais de um ano do último pedido de impeachment do ministro e que "outras barbaridades" evidenciam a necessidade de protocolar um novo documento. O senador cita as prisões do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques e do ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins, além do bloqueio de contas e de dinheiro do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Girão ainda cita as prisões dos manifestantes do ato de 8 de janeiro e a morte de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que faleceu enquanto estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
A decisão de elaborar o que ele também chamou de "impeachmão" aconteceu antes mesmo de virem à tona as últimas notícias envolvendo o ministro, como o vazamento de áudios que apontam que Moraes usou a estrutura investigativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra apoiadores de Jair Bolsonaro.
Girão cita áudios vazados
A gota d'água para a elaboração de um novo pedido de impeachment de Moraes foi a divulgação de áudios que revelam que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes teria investigado apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e comentaristas políticos de direita com base em relatórios solicitados informalmente à Justiça Eleitoral no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022.
O setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido usado como uma espécie de braço investigativo do gabinete do ministro para a investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (13), após a publicação ter acesso a mensagens e áudios trocados entre assessores de Moraes.
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