Na entrevista ao programa Assunto Capital desta terça-feira (11), a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) abordou a complexa situação das regiões que compõem a Amazônia brasileira, enfatizando as pressões enfrentadas para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Marajó não avance. Silvia Waiãpi alertou sobre a atuação de organizações criminosas que se aproveitam da vulnerabilidade econômica local. "Existem organizações criminosas que se aproveitam da pobreza dos estados que compõem a Amazônia brasileira, então existe uma pressão muito grande para que essa CPI não aconteça", afirmou a deputada. Ela destacou a iminência da COP-30, evento internacional a ser realizado no Pará, como um fator que incentiva tentativas de acobertar os graves problemas sociais da região.
A parlamentar foi contundente ao descrever as atrocidades enfrentadas pelas crianças na Amazônia, incluindo abusos sexuais, escravidão e assassinatos. "Omitir isso significa dizer que é mais bonito preservar uma árvore para que crianças sejam estupradas debaixo dela", criticou. Silvia Waiãpi também apontou a hipocrisia de países estrangeiros que, enquanto exigem rigor ambiental do Brasil, continuam a emitir gases poluentes e a manter suas indústrias funcionando sem restrições. Para ela, o desenvolvimento econômico é crucial para combater os crimes e a miséria que assolam a região. "Nós precisamos fazer alguma coisa, e nós só combatemos esses ilícitos, esses crimes quando você tem a oportunidade de se desenvolver economicamente e não permitir que uma mãe venda seu filho por um prato de comida”, concluiu.
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